edição 35 | abril 2022
Exposição itinerante chama a atenção dos moradores quando chega e encanta os visitantes com a riqueza do conteúdo.
Texto: Thais Tomie
A exposição teve início em novembro de 2021, passando pelos municípios de Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, no Estado do Rio de Janeiro. No início de 2022 seguiu para municípios dos estados de Rondônia e de Mato Grosso. Só no Rio de Janeiro recebeu a visita de 5.065 pessoas – quase a metade de alunos de escolas públicas. Em Mato Grosso foram 3.580 visitantes, sendo que 1.500 eram estudantes. Ao todo, nos dois estados, a exposição recebeu 8.645 visitantes.
Agora continua seu ciclo itinerante por outras cidades onde a Aegea atua para sensibilizar pessoas sobre uma das maiores riquezas do planeta. Sempre quando chega, faz o visitante viajar pelo ciclo da água por meio de realidade aumentada, uma tecnologia que permite sobrepor elementos virtuais à visão da realidade. Assim, aguça os sentidos e aumenta a percepção. Foi assim em Mato Grosso, nos municípios de Campo Verde, Primavera do Leste e Diamantino, levando diversas ferramentas artísticas e tecnológicas no caminhão interativo com uma multiplataforma digital.
Com o tema “Ciclo da água e sua importância para a vida humana e de todos os seres vivos”, o projeto realizado pelo Instituto Aegea, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura, tem como objetivo despertar o olhar de cada participante para a sustentabilidade e a preservação dos recursos hídricos de forma lúdica e transformadora.
“O projeto foi criado com o intuito de levar de forma artística e lúdica uma questão importante que é a preservação dos nossos recursos hídricos. Convidamos uma série de artistas e também produzimos um filme 3D para falar sobre o meio ambiente”, explicou Guilherme Mello, um dos produtores do projeto.
Depois dos municípios da Região dos Lagos (RJ), Primavera do Leste foi a primeira cidade de Mato Grosso a receber a exposição. O local escolhido para receber a mostra foi a Praça Padre Onesto Costa, conhecida como Praça Matriz. A exposição encantou dezenas de alunos das escolas da rede pública de ensino. O público teve a oportunidade de interagir e entender a importância e o consumo da água.
O estudante Arthur Oliveira Barros contou como foi a experiência de participar do projeto. “Achei bem legal, pois teve a demonstração dos rios, mares e ilhas que estão poluídos. Também coloquei os óculos 3D e foi muito divertido”, disse. O colega Cauã Nascimento também aproveitou a exposição e elogiou a iniciativa. “Gostei de tudo, aprendi muito, foi educativo”, afirmou ele.
Para o professor Jaomi Cabeleira, de Campo Verde, a iniciativa vem ao encontro dos anseios das crianças e da comunidade. “Desenvolvemos alguns projetos na escola voltados para o tema de sustentabilidade e trazer os alunos para participar da exposição agrega ainda mais o conhecimento, além de compartilhar experiências e estimular a criticidade dos estudantes”, pontuou.
O Olho D’Água ficou quatro dias em cada cidade mato-grossense. Nas quintas e sextas-feiras o projeto atendeu, durante todo o dia, crianças e jovens de escolas públicas. Aos sábados e domingos, a exposição esteve aberta para o público em geral e foram exibidos filmes da Mostra Cine ao Ar Livre, com rodas de conversa após as sessões.