edição 33 | outubro 2021

Paixão por inovar

Por Marcelo Pimenta*

A paixão pelo meio ambiente, pela natureza, pela água limpa, que sempre motivou a atuação da Aegea, nunca esteve tão em alta. Ao longo dos últimos anos, as transformações tecnológicas, sociais e políticas trouxeram tantas mudanças na economia e na forma de organização da nossa sociedade que podemos dizer que estamos vivendo um novo momento na nossa história – a era da economia da paixão! Podemos dizer que nossa sociedade se desenvolveu por meio de ondas: a primeira onda econômica foi a agricultura; a segunda onda foi marcada pela mecânica e pela indústria; a terceira onda foram as redes e o conhecimento; agora vivemos a quarta onda, a economia da paixão.

Mas o que é essa quarta onda econômica e como chegamos a ela?

Para responder a esta pergunta, precisamos entender as mudanças que vivemos no nosso mundo, o estado em que ele se encontrava antes da pandemia e entender o impacto que a pandemia do novo coronavírus teve, tanto que marcou um novo momento na nossa história. 

Defino “economia da paixão” como um novo momento que vivemos na sociedade e nos negócios. A combinação de vários fatores possibilita que cada pessoa, independente de origem, classe social, condição econômica, possa criar um plano para viver a vida que deseja, incluindo a possibilidade de uma plena, próspera e longeva. E isso significa abrir um negócio próprio ou viver a onda do intraempreendedorismo, onde é possível inovar dentro da empresa em que se está – e a Aegea, com seus programas de inovação corporativa, é exemplo disso.

Os principais fatores que impulsionam esta nova forma de criar valor são algumas mudanças que foram aceleradas a partir da pandemia de 2020:

  • a sociedade em rede – o cidadão conectado e a democratização do acesso aos meios de produção e venda de produtos físicos e digitais;
  • a revolução prateada – o aumento da longevidade traz novas perspectivas tanto para o consumidor (que passa a ter um tempo maior de consumo e desejo para desenvolver novas atividades de lazer, ensino, autocuidado, educação) quanto para o profissional que não se contenta apenas com uma só carreira ou com um só assunto ao longo da vida;
  • o novo consumidor – mais exigente, passando a procurar soluções cada vez mais específicas e personalizadas e ao mesmo tempo exigindo que as marcas estejam alinhadas com seus propósitos;
  • a revolução criativa – os chamados setores criativos são os que mais geram riqueza no mundo contemporâneo.  O universo do mundo das artes (pintura, escultura, fotografia, música), do patrimônio cultural (museus, exposições, arqueologia, biblioteca), da mídia (vídeos, TV, rádio, cinema, games) e de produtos culturais (design, moda, brinquedos, arquitetura, publicidade) não só encontram mercado próprio como passam a fazer conexões com a indústria, com a agricultura e o varejo. 

A combinação dessas mudanças, de forma acelerada e remixadas, habilita um novo cenário de possibilidades onde é possível você viver a o estilo de vida que desejar – seja numa agrovila, criando uma startup, numa ONG ou num banco de investimentos.

Mundo VUCA x Mundo BANI

A tecnologia muda não só a forma com que trabalhamos, mas também como pensamos, agimos e demandamos no mundo. O conceito mundo VUCA surgiu para designar, contextualizar e explicar a configuração do mundo após a Guerra Fria. É um acrônimo em inglês para: Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade.

Já o mundo BANI, que é acrônimo para Frágil, Ansioso, Não Linear e Incompreensível veio como consequência desse mundo VUCA. O importante de entender, neste momento, é que, nesse mundo BANI, com tantas facilidades tecnológicas cada vez mais presentes na nossa vida, inclusive em situações corriqueiras, adquirimos o mindset digital.

O mindset digital é sobre como mudamos a nossa forma de pensar, agir e demandar baseados na nossa proximidade com a tecnologia na era digital. 

Tudo está mais ágil, prático, conveniente e focado na boa experiência. E isso reflete no nosso comportamento atual: demandamos agilidade, praticidade, praticidade, conveniência, e boa experiência.

Nesse contexto, surge a “economia da paixão”: paixão geram emoções, que geram propósitos e valores, que geram produtos e serviços capazes de gerar sentimentos conectivos.

Fazer o que se ama te permite ter uma vida melhor, com mais propósito e ainda: ter diferencial competitivo, pois quem faz o que ama, tem muito mais valor agregado e capacidade de sucesso, colocando suas energias de fato ali.

Lembre-se: o melhor momento para fazer aquilo que você ama e finalmente ter sucesso é agora!

Mais sobre o autor

Marcelo Pimenta também é jornalista e autor do livro “Economia da paixão – Como viver mais e melhor fazendo o que ama”. Além de professor, é palestrante e empresário apaixonado por empreendedorismo, criatividade e inovação nos negócios. Consultor credenciado ao Sebrae Nacional, tem 30 anos de experiência em gestão de projetos e produção de conteúdo para as mais diferentes plataformas.