edição 37 | 2022 outubro a dezembro

Fóruns internacionais

AEGEA DEBATE ESG EM FÓRUNS INTERNACIONAIS NOS EUA

A empresa participou do Brazil Climate Summit, na Universidade Columbia, e do SDGs in Brazil, na ONU, em Nova York, nos Estados Unidos.

O presidente do Instituto Aegea, Édison Carlos, que também é diretor de Sustentabilidade da Aegea, representou a empresa nos fóruns internacionais. 

Texto: Rosiney Bigattão

Reconhecida por seus estudos na área climática, a Universidade de Columbia, em Nova York, abriu as portas em 15 e 16 de setembro para debater assuntos como clima, energia limpa, mercado de carbono e saneamento. É o Brazil Climate Summit, que tem entre os idealizadores Luciana Antonini Ribeiro, gestora eB Capital, Marina Cançado, co-CEO do Future Carbon Group, e Nizan Guanaes. Para discutir como o Brasil pode se tornar um hub de oportunidades em soluções verdes, foram convidados empresários, investidores, empreendedores, representantes de ONGs, da sociedade civil e da academia. O evento mostrou o que já existe e as novas possibilidades para mudar a imagem do país – muito centrada no desmatamento – para uma que traduza o protagonismo em soluções em desenvolvimento sustentável.

As iniciativas da Aegea ligadas à sustentabilidade

Representada por Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea e diretor de Sustentabilidade da empresa, e Adriana Albanese, diretora de Relações com Investidores, a Aegea mostrou no evento as ações e iniciativas ligadas à sustentabilidade que desenvolve ao atender a cerca de 10% da população com água tratada e/ou serviços de esgoto em 154 cidades brasileiras. “Além da liderança no atendimento, a Aegea quer também ser cada vez mais líder nas ações e iniciativas socioambientais ligadas à sustentabilidade e aos pilares ESG, contribuindo assim para o negócio, para a sociedade, o Brasil e o planeta”, afirmou Édison Carlos, durante o evento na Universidade de Columbia.

“Como são temas relevantes ao país, mas que extrapolam o próprio Brasil, tais como as mudanças climáticas, insegurança com a água, apoio aos mais vulneráveis, energia limpa, entre outros, é muito importante que a Aegea se faça presente nos grandes fóruns internacionais. Estamos aqui para debater com stakeholders, investidores, acadêmicos, agências multilaterais, especialistas visando não apenas conhecer as iniciativas mundiais, mas também mostrar o esforço da Aegea em temas tão relevantes”, afirmou o executivo.

As mudanças climáticas foram um dos temas centrais. Um dos objetivos dos idealizadores do Brazil Climate Summit é mitigar a carga negativa que existe sobre o Brasil por causa do desmatamento, e mostrar que o país pode se posicionar como um hub de soluções verdes que podem ser exportadas para o mundo. Neste sentido, a Aegea também tem uma grande contribuição. “Para a Aegea, que entrega água tratada a milhões de brasileiros todos os dias, é fundamental acompanhar o debate sobre as mudanças climáticas e seus impactos, sobretudo no regime de chuvas do país. Ao mesmo tempo, também contribui nesses debates por meio de suas iniciativas, que podem ajudar outras empresas, instituições e governos”, disse Édison Carlos.

Parcerias e projetos desenvolvidos

Entre os projetos desenvolvidos pela Aegea estão a parceria com a Climatempo, que visa antecipar ações dependendo das previsões meteorológicas. Por meio do projeto, são fornecidos dados que agregam na inteligência das informações meteorológicas de curto e longo prazo para a inspeção de risco das bacias hidrográficas onde a empresa realiza captação de água. O processo é chamado de acompanhamento do grau de risco hídrico dos municípios. O monitoramento é formado por uma avaliação complexa que leva em conta fatores como: indicadores climáticos da região, previsões relacionadas à queda d’água, expectativa de demanda, acompanhamento dos níveis dos mananciais, capacidade dos corpos hídricos onde são realizadas as extrações de água, entre outros elementos.

No ano passado, a partir de estudo gerado pela Climatempo, foi identificado pela Matriz de Risco da companhia um possível cenário de escassez e estiagem em 14 das 25 concessionárias Aegea localizadas em Mato Grosso (MT). A partir de então, foram investidos cerca de R$ 50 milhões em obras de engenharia preventiva, como investimento na redução de perdas de água, perfuração de poços e identificação de novos pontos de captação. “A Aegea entende que a consolidação de um modelo de gestão é crucial para obter resultados e prevenir contra eventuais problemas operacionais dentro do setor, respeitando o conceito de segurança hídrica em assegurar o acesso sustentável à água de qualidade, em quantidade adequada à manutenção dos meios de vida, do bem-estar humano e do desenvolvimento socioeconômico”, afirmou.

Adriana Albanese, diretora de Relações com Investidores da Aegea, e Édison Carlos, em evento nos EUA.

Única empresa do setor de saneamento com espaço relevante na ONU

Outro fórum internacional de que a Aegea participou nos EUA foi o SDGs in Brazil, da Rede Brasil do Pacto Global, realizado em 17 de setembro, durante a Semana da Assembleia-Geral das Nações Unidas, na Sede da ONU, em Nova York. O objetivo foi debater o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, em português, ou SDG, sigla em inglês que dá nome ao evento. Foram discutidos os temas da Agenda 2030: clima, água, equidade de gênero, igualdade racial, salário digno, saúde mental e corrupção.
Mais de 300 lideranças participaram e a Aegea foi a única empresa do setor de saneamento com representantes nos painéis. “Fomos debatedores no painel ligado ao ODS 6 – Água e Saneamento, onde pude falar sobre a relevância da empresa no cenário nacional e na vida das pessoas”, contou Édison. O presidente do Instituto Aegea e diretor de Sustentabilidade da empresa falou da necessidade de haver ações conjuntas entre empresas, governos e sociedade em prol da preservação da água, um recurso tão fundamental.

“Citei as iniciativas da Aegea, tais como seu esforço na redução de perdas, a competência técnica por meio de sua Engenharia Hídrica, os projetos ambientais, entre outros. Dividi a fala com David Canassa, CEO da Reservas Votorantim”, disse. O avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, de forma geral, tem sido lento no Brasil e no mundo, segundo Édison Carlos. “É por isso que o Pacto Global lançou recentemente a iniciativa Ambição 2030 – com sete movimentos de aceleração de alguns dos ODS, entre eles o ODS 6, ligado à água e ao saneamento”, afirmou.

No Painel Água e Saneamento, da SDGs in Brazil, Édison Carlos defendeu a necessidade imperiosa de fazer avançar muitas das metas. “Os ODS têm metas que são estratégicas para toda a sociedade, tais como a redução dos gases de efeito estufa, do desmatamento, aumento do esforço pela igualdade de raça e gênero, transparência e compliance, entre outras”, afirmou.

A participação da Aegea para que metas sejam atingidas

A Aegea vem contribuindo para que a ONU atinja as metas propostas na Agenda 2030. É apoiadora institucional do Pacto Global, coordena a Plataforma pela Água e o presidente do Instituto Aegea, Édison Carlos, é um dos conselheiros consultivos do Movimento +Água. “Os esforços do Pacto Global das Nações Unidas em prol do ODS 6 no Brasil estão intimamente ligados aos esforços da Aegea em articular conhecimento com mais empresas, entidades, academia e ONGs para o debate sobre o futuro da água no país”, afirmou o executivo. Além disso, o Instituto Aegea e a Diretoria de Sustentabilidade atuam para que outros executivos e técnicos estejam nas demais plataformas do Pacto Global, visando aprender sobre o que está sendo feito no Brasil e no mundo, mas também mostrando os avanços da Aegea em outros ODS.