edição 36 | julho 2022
Noite de premiação para a Aegea.
Édison Carlos e Silvia Letícia Tesseroli recebem prêmio.
Texto: Rosiney Bigattão e Ude Valentini
A Aegea recebeu, em 28 de julho, na Amcham Brasil São Paulo, o Prêmio ECO pelo projeto Integrando o Lodo no Conceito de Economia Circular, desenvolvido pela Mirante. A premiação, criada há 39 anos, é considerada a maior ferramenta de reconhecimento de empresas que adotam práticas ESG, as boas práticas ambientais, sociais e de governança no Brasil.
Nessa edição, foram inscritos 108 projetos de 86 companhias nas categorias Sustentabilidade em Processos e Sustentabilidade em Produtos e Serviços. A Mirante, empresa da Aegea que opera o sistema de esgoto de Piracicaba, recebeu o mais importante reconhecimento de sustentabilidade empresarial do país com o case que envolve a secagem do lodo com a luz solar.
“O projeto desenvolvido pela Mirante fez parte de um seleto grupo de iniciativas inovadoras e inspiradoras em sustentabilidade. Além do importante reconhecimento, promove a reflexão sobre o desenvolvimento de práticas sustentáveis no saneamento”, destaca Silvia Letícia Tesseroli, diretora-presidente da Mirante (SP).
“Temos muito a celebrar, pois nossa atuação prioriza um futuro ambientalmente mais seguro, sustentável e socialmente justo, confirmando nosso compromisso com o município em fazer parte dessa transformação positiva que a agenda ESG proporciona”, finaliza Silvia.
“O fato de serem premiadas as empresas que cumprem seu compromisso social e ambiental, engajando seu público e a comunidade rumo a um futuro melhor para todos, nos enche de orgulho. Essa conquista é de mais de 11 mil talentos que movimentam a Aegea e são embaixadores da saúde, profissionais que são motivados pelo que fazem”, afirma Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea e diretor de Sustentabilidade da empresa.
O projeto Integrando o Lodo no Conceito de Economia Circular, idealizado pelos colaboradores da Mirante em uma iniciativa de intraempreendedorismo, é uma solução sustentável que reaproveita o lodo, subproduto dos processos de tratamento de água e esgoto. O lodo corresponde a 48% do total de resíduos gerados e o destino dele são os aterros sanitários, provocando impactos ambientais. A empresa, por meio de parcerias e recursos tecnológicos, desenvolveu um projeto piloto em que o lodo, rico em matéria orgânica e nutrientes, é processado e, posteriormente, reutilizado como fertilizante agrícola.
A secagem do lodo é feita à luz solar na ETE Bela Vista, que fica em uma área de 3.000 metros quadrados. Ali é depositado todo o lodo gerado nas quatro maiores estações de tratamento do município: Piracicamirim, Ponte do Caixão, Capim Fino e da própria Bela Vista. São aproximadamente 1.200 toneladas por mês que, antes, eram encaminhadas a aterros sanitários. Com o secador de lodo à luz solar, 70% da água é eliminada e reduz todo o volume em um terço.
A sigla ECO surgiu da fusão das palavras “empresa” e “comunidade” e foi dado à premiação para reconhecer o que existia em termos de práticas sustentáveis na época da sua criação, em 1982. Nessa edição foi observado um avanço significativo das empresas rumo à emissão zero de gases de efeito estufa, o “Net Zero”, com metas e indicadores arrojados. O S do ESG apareceu aliado a um grande esforço para que as empresas se tornem de fato inclusivas e diversas. A palavra “equidade” apareceu como um complemento essencial às estratégias e à cultura das companhias. A participação do público interno também é um elemento novo no sentido de engajamento no tema, com equipes motivadas por seus líderes a fazerem mais e melhor e com um sentimento de pertencimento, responsabilidade e paixão, que vai além da busca por resultados financeiros.