A ação teve início no mês de abril. Contudo, a espinha dorsal é o trabalho iniciado em 2023, quando o nível do rio baixou 12,70 metros. Os aprendizados do ano passado foram fundamentais para o aprimoramento do trabalho em 2024.
Neste ano, a empresa adquiriu três bombas anfíbias para reforço na captação. O equipamento tem a capacidade de operar em pontos mais profundos do que as bombas convencionais, e consegue acompanhar a descida do rio.
Juntas, as três bombas têm capacidade de captar mais de 115 milhões de litros de água por dia. Esse volume seria capaz de abastecer diariamente 230 mil caixas d’água de 500 litros, que é o modelo mais utilizado pela população. Cada bomba pesa cerca de três toneladas.
Diariamente, para abastecer os mais de 2 milhões de habitantes da capital amazonense, são captados e tratados 700 milhões de litros de água por dia – o equivalente a 280 piscinas olímpicas. O trabalho voltado para as especificidades de uma cidade como Manaus é resultado de diversas análises e estudos de caso não apenas em períodos de estiagem, mas da realidade da cidade durante todo o ano.
A adaptação das estruturas de água também é realizada no período de cheia, que ocorre no primeiro semestre do ano. As ações são voltadas para o abastecimento, com a suspensão das tubulações em áreas vulneráveis, em elevações provisórias e que são substituídas após a mudança do comportamento do rio.
Esse processo também envolve a aplicação de produtos químicos em áreas que sofrem com o alagamento, como forma de evitar a proliferação de bactérias e o mau cheiro.
“O trabalho adaptado para os períodos de estiagem e de cheia é colocado em prática com o pensamento no futuro da cidade, na Manaus que vai receber as próximas gerações”, afirma o diretor-presidente da concessionária, Pedro Freitas.
Segundo o diretor-presidente, a companhia se prepara para todos os cenários. “O que foi feito durante a seca é prova disso: conseguimos manter o serviço e a qualidade dele não sofreu nenhuma alteração”, diz.
“Garantir que a maior cidade da Amazônia siga com abastecimento de água na estiagem é um grande case de resiliência hídrica que deve ser ampliado em forma de debate e soluções práticas para o futuro”.
A concessionária também participou de ações para minimizar os impactos para as famílias que moram na zona rural da cidade ou em comunidades ribeirinhas. A empresa doou mais de 8 mil garrafões, que equivalem, juntos, a 160 mil litros de água tratada, em ações coordenadas pelo poder público e segue à disposição para novas ações de apoio às famílias impactadas pela estiagem.
“Não dá mais para negar as mudanças climáticas. Precisamos nos adaptar e aprender a conviver com elas. Por isso, fazemos um monitoramento contínuo nos índices de perdas no abastecimento de água, que já apresentaram redução de 20%. A estiagem também é parte desse processo, considerando que ela afeta a vida dos habitantes da cidade de forma direta”, destaca o diretor-executivo da Águas de Manaus, Renee Chaveiro.