edição 35 | abril 2022
Produção do viveiro atualmente é de 50 mil mudas por ano.
Grande parte das mudas produzidas é de espécies nativas.
Texto: Matheus Maderal
Difícil não se encantar pela beleza dos ipês de todas as cores que o artista valorizou em suas telas. Mudas da planta nativa do Cerrado em tons de rosa, amarelo e branco também brotam no viveiro para embelezar as unidades da Aegea e também ruas e praças de Campo Grande e outras cidades do estado. Entre as 50 mil mudas produzidas ao ano, o viveiro conta com milhares de mudas de aproximadamente 28 espécies de árvores típicas do Cerrado, cujas sementes são coletadas em três diferentes estados.
“O grande objetivo desse viveiro é proteger nossos mananciais, com o plantio nas matas ciliares e também nas reservas legais das propriedades rurais”, de acordo com o gerente de Meio Ambiente e Qualidade da Regional 1 da Aegea, Fernando Garayo. “Mais do que aportar mudas para diversas recomposições ambientais, o viveiro, na verdade, fornece vida”, disse o diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, também presente no evento da ETE Los Angeles, onde fica localizada a estrutura.
Themis de Oliveira antecipou que a ideia é, futuramente, duplicar a capacidade de produção do viveiro. “Plantar 100 mil mudas na natureza por ano, com certeza, pode trazer mais vida a Campo Grande e a Mato Grosso do Sul”, acrescentou. Em parceria com ONGs e coletivos do interior de Mato Grosso do Sul, a MS Pantanal está semeando árvores nativas por meio de doações. A última aconteceu em parceria com o coletivo Mil Pelo Planeta, para alargamento da mata ciliar do Rio Formoso, em Bonito, considerada capital do ecoturismo no Brasil.
Da esquerda para a direita estão Themis de Oliveira, Fernando Garayo, Paulo Antunes e Selma Rodrigues.
O diretor de Relações Institucionais da Regional 1 da Aegea, Paulo Antunes, homenageou, ao lado de Themis e Garayo, o artista que dá nome ao viveiro, com uma placa entregue à viúva de Isaac, Selma Rodrigues. “Homenagear um artista que retratou – ao longo de sua história – as nossas belezas e os valores do Pantanal tem tudo a ver com a preservação do meio ambiente”, disse Antunes, em entrevista concedida na esteira do evento.
“Com a forma em que fazia essa representação, ele queria eternizar não apenas as suas obras, mas, sobretudo, as belezas do Pantanal”, acrescentou.
Além do importante legado deixado nas artes, Isaac tem um longo histórico de trabalhos em parceria com a Águas Guariroba. Em 2018, ele participou do projeto Capivara Urbana, iniciativa da concessionária que distribuiu esculturas de capivaras coloridas por artistas do estado. Por quatro edições, o troféu entregue no Prêmio Águas Guariroba de Jornalismo Ambiental foi uma escultura de ipê.