edição 32 | julho 2021
Operador controla a máquina chamada perfuratriz direcional na abertura de vala para passagem da rede de esgoto.
Texto: Adan Garantizado e Kamila Macedo
Uma tecnologia que permite a realização de obras sem a necessidade de abertura de grandes valas ou de escavações está sendo utilizada pela Águas de Manaus (AM) em algumas intervenções. O objetivo é reduzir os impactos das obras da empresa na cidade, especialmente quando o trabalho acontecer em vias de grande circulação.
Chamado de método não destrutivo (MND), o serviço já foi utilizado na interligação de trechos curtos de redes de esgoto nos bairros Dom Pedro e Cidade Nova. As obras fazem parte do plano de expansão da cobertura de esgoto da capital amazonense.
Para executar o MND, uma máquina chamada perfuratriz direcional é utilizada. Ela é capaz de trabalhar em extensões de até 100 metros, sem a necessidade de escavar o trecho inteiro. “Essa técnica é muito utilizada em construções de túneis. Agora, estamos adaptando a tecnologia aqui em Manaus, em algumas intervenções realizadas em trechos próximos a ruas de grande circulação. A experiência tem sido positiva. A empresa tem buscado soluções desse tipo para prestar, cada vez mais, o melhor serviço para a população”, disse o gerente de Engenharia da Águas de Manaus, Marcos Antunes.
O MND é mais uma das tecnologias inovadoras que a Águas de Manaus tem aplicado em seus serviços na cidade. A empresa modernizou processos para reduzir o tempo de execução em suas intervenções, adquirindo novos equipamentos como caminhões e compactadoras de asfalto. Outro ponto de destaque é o moderno Centro de Controle Operacional da empresa (CCO).
Inaugurado em 2019, o local consegue monitorar 24h por dia o sistema de abastecimento de água da capital, controlando os níveis de reservatórios e das estações de captação e tratamento que fornecem água para toda a cidade. “Estamos em constante busca de soluções para melhorar o saneamento básico. Nossos projetos e investimentos visam à melhoria da qualidade de vida de mais de 2,2 milhões de pessoas”, diz o diretor-executivo Diego Dal Magro.
Manaus atualmente possui 22% de cobertura de esgotamento sanitário. Com as obras em andamento e entregas previstas, a cidade chegará aos 25% de cobertura até o fim do ano, o que representará um aumento percentual de 104% da estrutura que existia quando a concessionária chegou à cidade, em junho de 2018. A cidade possui cerca de 600 km de redes coletoras, que podem atender até 500 mil pessoas. Mensalmente, é processado 1,5 milhão de metros cúbicos de esgoto nas 70 estações de tratamento de efluentes geridas pela concessionária.