edição 33 | outubro 2021
Texto: Rosiney Bigattão
Cada vez mais alinhada à agenda ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança), a Aegea é uma das companhias que apoiam e investem em startups com ações que geram impacto socioambiental, incorporando, inclusive, muitas iniciativas ao negócio.
Pelo segundo ano, a Aegea apoia e patrocina o Selo iImpact, desenvolvido pela Innovation Latam, em parceria com a Fundação Dom Cabral, maior projeto de mapeamento e reconhecimento de startups que realmente produzem impacto positivo na América Latina.
O processo de seleção e avaliação está em andamento. Ao participar, as startups podem se qualificar e mostrar ao mercado o compromisso em promover soluções que atendam aos 17 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além do reconhecimento, elas têm a oportunidade de se conectarem com mentores, empresas e possíveis investidores.
O apoio ao Selo iImpact é uma das formas de a Aegea, uma das maiores empresas privadas desse segmento no Brasil, intensificar o seu relacionamento com startups de impacto social. Ao mesmo tempo, promove iniciativas que resultam em soluções inovadoras, beneficiando e transformando a vida das pessoas.
A estratégia já trouxe resultados práticos, como o uso da solução de gerenciamento central de eventos da startup TaKaDu para reduzir as perdas de água, um dos grandes problemas do Brasil, que perde quase 39,2% da água tratada. A Aegea foi pioneira no uso da solução no país, em 2014, pela Águas Guariroba, em Campo Grande (MS), que hoje é uma das capitais com menor perda.
Com base em análises de big data e aprendizado de máquina, o serviço em nuvem da TaKaDu detecta, analisa e gerencia eventos de rede e incidentes como vazamentos, falhas em ativos, telemetria e problemas de dados, falhas operacionais e muitos outros. Estimativas apontam que o prejuízo causado por esses tipos de problemas no Brasil é de R$ 10 bilhões por ano.
Utilizando soluções como a da TaKaDu e da Utilis, startup que fornece dados de umidade do solo subterrâneo detectados por satélite, entre outras ações de combate a perdas, a Aegea calcula ter reduzido as perdas de água em 71 milhões de metros cúbicos em apenas quatro anos.
“Nosso objetivo é aumentar ainda mais a participação de startups no negócio, com estruturação de novas iniciativas de inovação aberta. Acreditamos que o Selo iImpact é uma forma de reconhecer startups com ações de impacto socioambiental, fato inerente às nossas premissas em ESG, bem como estimular a inovação em diferentes regiões do Brasil”, afirma Klaus Paz, coordenador de Inovação da Aegea.
A empresa de saneamento é uma das criadoras do Fundo Mundial de Inovação da Água (WWIF, www.waterinnovationfund.com). Essa organização foi fundada em 2019 com o objetivo de unir as maiores empresas de todo o mundo para encontrar, desenvolver e acelerar as tecnologias inovadoras focadas em melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Ano passado, o Selo iImpact recebeu a inscrição de mais de 500 startups, distribuídas em 22 países. Ao todo, 65 projetos foram reconhecidos pelo impacto gerado à sociedade.
“O Selo iImpact possibilita ganhos a startups, investidores e sociedade. Além de reconhecimento as startups abrem oportunidades para que suas iniciativas de impacto socioambiental sejam colocadas em prática por grandes empresas, ampliando o seu alcance na sociedade”, afirma João Pedro Brasileiro, fundador da plataforma Innovation Latam.
A avaliação é feita a partir da metodologia desenvolvida pelo prof. dr. Fabian Salum e sua equipe, da Fundação Dom Cabral, que, além de estar alinhada com os compromissos definidos pela ONU, busca a comprovação das evidências da contribuição socioambiental gerada pela startup para com a sociedade que recebe direta ou indiretamente o impacto positivo dessa contribuição.
O primeiro passo para as startups obterem o Selo iImpact é preencher um questionário qualificatório no site oficial. Na etapa seguinte, são coletadas as evidências de impacto, que serão julgadas por uma banca composta por executivos de grandes empresas e organizações, que atuam na América Latina e em outros países, além de docentes.
Entre as companhias estão Aegea, IBM, Ambev, Grant Thornton, Amazon, Gerdau, MRV Engenharia, Electrolux, Banco Carrefour, Grupo A. Yoshii Engenharia, Editora Globo, Grupo Sequoia, Bradesco, Cubo-Itaú, Dow, Roche, Saque-Pague e outras.
Dentre as organizações internacionais, destacam-se o ICLEI, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, Future Females, Principles for Responsible Investment, ISH Markit for Latin America e outros.