edição 31 | abril 2021
Texto: Rosiney Bigattão
Quando a equipe corporativa de EHS implementava o Programa Interage como modelo de gestão para as unidades, não imaginava como seriam os próximos anos. Inicialmente foi traçado um plano de ação que previa auditorias presenciais em todas as unidades da Aegea a partir de 2020. Com a pandemia, o enfoque mudou. “Nós checamos as documentações de forma remota, pois não era possível realizar as auditorias presenciais e as inspeções de campo. Além disso, toda a área de EHS, tanto corporativa quanto das unidades, teve um envolvimento grande em função da COVID-19, nos protocolos de prevenção, proteção e cuidados. Para 2021, voltamos com o planejamento das auditorias, mas agora elas serão documentais on-line”, conta Ana Maria Pattaro.
Na prática, isso significa que as unidades vão disponibilizar as documentações em plataformas eletrônicas. Foi criado um protocolo formalizando o processo de trabalho. “Elaboramos um questionário para avaliar como está sendo feita a gestão, descrevemos os documentos que precisam ser anexados, como as licenças ambientais, as outorgas e os manifestos de transporte, por exemplo, tudo isso tem de ser disponibilizado em plataformas específicas para que os processos possam ser auditados”, explica a gerente.
Inicialmente serão auditadas 11 unidades em 2021, com datas pré-agendadas junto às diretorias. A divulgação das equipes de auditores será realizada com 30 dias de antecedência, no mínimo. “Não vai ser surpresa para ninguém, toda a auditoria será realizada com base na programação que as unidades já receberam, de forma que consigam se planejar. Depois, vamos checar a documentação e os desdobramentos da gestão remotamente, sinalizando a necessidade de adequação ou de melhorias. A auditoria também é uma forma de manter o Programa Interage atuante”, diz. Sobre as inspeções de campo, presenciais, serão mantidas em menor escala, com o uso de protocolos de segurança contra a COVID-19, até a situação se normalizar.
Outra mudança da área para 2021 é que os diretores passam a ter metas de EHS.
Os diretores-executivos das unidades devem ter como objetivo manter atuante o Programa Interage, o que inclui: disponibilização de toda a documentação da segurança atualizada em arquivo eletrônico; obtenção de 80% de implantação dos planos de ação das auditorias de EHS referentes a 2019 (com exceção da Engenharia); realização de 12 inspeções de campo (no mínimo), via aplicativo, com ações corretivas endereçadas em até 90 dias.
Outra meta é realizar os processos de investigação de acidentes em até 10 dias após a ocorrência, com implantação do plano de ação em até 90 dias. Se houver lesão, comunicar e abrir as devidas documentações. Garantir participação dos colaboradores acima de 90% nos treinamentos das normas regulamentadoras também deve ser compromisso dos diretores-executivos das unidades. É objetivo deles ainda reduzir em 20% as taxas de infrações de velocidade graves e 30% das gravíssimas (em relação ao quarto trimestre de 2020); e manter atualizada mensalmente a documentação no Sistema SOC de forma a atender todas as demandas do e-social.
Para os diretores regionais, entre as metas está também a diminuição das infrações de velocidade graves e gravíssimas, nos mesmos percentuais, e 80% de endereçamento dos planos de ação das auditorias de EHS. Devem ainda buscar reduzir em 20% a taxa de frequência da regional em relação à taxa acumulada FY 2020, garantindo que os acidentes com lesões sejam comunicados em até 24 horas, com abertura das respectivas CATs.
Os vice-presidentes têm como objetivo ajudar também na redução de acidentes de trabalho, com a mesma meta dos diretores regionais. A partir deles, as metas vão sendo cascateadas para os colaboradores. “Eles têm um papel muito importante, o engajamento deles faz com que os colaboradores se envolvam e, assim, toda a empresa se beneficia. Será uma verdadeira cruzada em prol da saúde e segurança do trabalho”, afirma a gerente de EHS, Ana Maria Pattaro.