edição 36 | julho 2022

AVALIAÇÃO PRESENCIAL CONSTATA BRASICIDADES

Auditoria retoma atividades presenciais para melhorar ainda mais a qualidade

Da esquerda para a direita estão: Percival Gratti, Milena Aguiar, Pedro Batista e Thomas Rogalsky, na sede da Águas de Ariquemes (RO).

Texto: Rosiney Bigattão

Depois de mais de dois anos suspensas por causa da pandemia da COVID-19, as viagens voltaram ao ritmo normal em maio e, com isso, a inspeção física da Diretoria de Auditoria, Riscos e Controles Internos também. Águas de Ariquemes, em Rondônia, Ambiental Serra, no Espírito Santo, Águas de Sorriso, em Mato Grosso, e MS Pantanal, em Dourados, estão entre as unidades vistoriadas presencialmente.

O programa elaborado pela Darc segue uma estratégia que começa com uma reunião com a diretoria da concessionária ou da Parceria Público-Privada para que as pessoas se apresentem e conheçam o funcionamento da unidade de negócio. É estabelecido um cronograma de trabalho, depois a equipe vai a campo, visitando os ativos – as estações de tratamento de água e esgoto e outros equipamentos, por exemplo.

Em sentido horário: Percival Gratti, Gessica Lopes, Eduardo Silva e Leandro Nascimento na Águas de Sorriso (MT).

Olhar apurado

A equipe tem um olhar bem apurado sobre os processos e cada etapa deles. São avaliados os aspectos operacionais associados aos procedimentos preestabelecidos, tanto pelo contrato de concessão quanto pela Aegea, sempre respeitando as normas vigentes pelos órgãos competentes. “Nossa visão tem um viés um pouco jornalístico até, meio investigativo, para entender como funciona na prática e, obviamente, se atentar ao escopo do nosso trabalho, que é verificar os aspectos operacionais associados aos nossos procedimentos”, afirma Pedro Lucas Batista, auditor interno sênior da Aegea.

Para que a visita de campo tenha sucesso o trabalho deve começar com um bom levantamento preliminar. “É preciso entender o funcionamento da operação, pois a gente não consegue ter uma conclusão efetiva do nosso trabalho, eficiente e ágil, se não entendermos, primeiro, como o processo funciona na prática, seja ele um tratamento de esgoto ou de água”, explica Leandro Nascimento, auditor interno sênior da Aegea. Tudo é observado de forma muito detalhada pelos auditores, seguindo um plano de trabalho feito anteriormente.

“Nos pontos de captação de água, como estão as bombas, estão conservadas? Acompanhamos ainda a coleta de amostra de água para análise e os resultados para ver como está a qualidade do serviço prestado, avalia-se o descarte do lodo, aspectos de segurança do trabalho, acompanhamos os operadores até mesmo no cumprimento das Ordens de Serviço para reparos, tanto na parte sistêmica, quando a OS é registrada, como no momento de execução dela”, conta Leandro.

Da esquerda para a direita estão Leandro Nascimento, Eduardo Silva e Gessica Lopes.

O contrato de concessão: critério a ser seguido

Os critérios para fazer as auditorias partem do contrato de concessão, dos regulamentos de serviços, das normas reguladoras de segurança do trabalho e demais legislações. “Na prática, a gente verifica se o que foi acordado está sendo cumprido de fato. Ficamos uma semana mais ou menos em cada unidade, e sempre estamos acompanhados por um responsável pela operação, sem comprometer a qualidade do serviço prestado”, afirma Pedro Lucas Batista, auditor interno sênior.

A auditoria resulta em 1.800 horas de investigação em cada projeto, sendo que parte dela é feita remotamente, em um total de três meses de duração para cada unidade. “As evidências coletadas em campo são colocadas em templates de testes de laboratório, é feita análise documental e os resultados das vistorias são analisados. Se houver alguma fragilidade, apontamos para os responsáveis para que seja corrigida, é um trabalho independente, mas é colaborativo”, diz Leandro.

O conhecimento dos auditores sobre o negócio da Aegea é fundamental para o resultado do processo. “A parte técnica não teve novidades, porque a gente conhece bem o nosso negócio, os processos que as unidades precisam seguir, quais os objetivos que temos, vamos bem preparados em campo e não tem nenhuma surpresa. É claro que tem muitas particularidades nos processos operacionais entre as concessionárias, mas quando temos dúvidas as equipes locais nos ajudam”, afirma o auditor da Aegea Pedro Lucas Batista.

Acolhimento dentro e fora da empresa

Para Leandro Nascimento, o melhor das auditorias presenciais é a troca. “O bom é retomar esse contato mais próximo com as pessoas, esse calor humano. A troca é mais rica, algumas fases rendem mais e o fato de a Aegea ter essa cultura de estimular a proatividade e a colaboração facilita, torna o trabalho produtivo”, conta.

“Uma coisa que me impressionou bastante foi Sorriso, uma cidade voltada para a plantação de soja, mas bem moderna e muito acolhedora. Onde a gente chegava, nos hotéis, restaurantes, todos falavam muito bem da Aegea, fomos bem recebidos, então o relacionamento da Águas de Sorriso com a comunidade também está muito bem avaliado”, afirma o auditor.

Qualidade dos serviços independente do tamanho da cidade

Ariquemes, em Rondônia, também surpreendeu a equipe. “A cidade tem uma infraestrutura boa, a parte de gastronomia, o modo de vida. Quando a gente vê na prática que está conseguindo levar uma qualidade de serviços para os moradores, é muito gratificante. Nos quatro estados onde estivemos, você percebe que tem um padrão de qualidade, a mesma busca pela excelência. Remotamente, temos uma noção disso, mas perceber no local, efetivamente, é muito emocionante. Tanto na Ambiental Serra (ES), que é uma operação maior, quanto na Águas de Ariquemes (RO), que é menor, a mesma qualidade”, diz Pedro Lucas Batista.

“A Aegea persegue padrões e perceber com mais profundidade que os objetivos estão sendo cumpridos, que está sendo criado um relacionamento forte entre a unidade local com a região, com a comunidade, é incentivador. Presencialmente fica mais fácil entender as particularidades da realidade de cada cidade, que chamamos de brasicidades. Essas visitas às unidades são fundamentais para esta compreensão”, conta. Em setembro e outubro tem mais. Novas viagens, novas auditorias, novas descobertas.