edição 33 | outubro 2021
Texto: Rosiney Bigattão
Primeiro, veio a troca de sistemas. Com o crescimento da companhia, principalmente a chegada da Águas do Rio (RJ), os processos de trabalho da Diretoria de Auditoria, Riscos e Controles Internos (Darc) migrou do SeSuíte para o SAP, o sistema-base de toda a Aegea. A migração aumenta o nível de maturidade da empresa quanto aos controles e beneficia a operação como um todo.
Depois, um projeto multiplicador que começou pela Águas Guariroba (MS) vai deixar a Aegea ainda mais preparada para seu crescimento, sempre sustentável. Por meio dele, profissionais são treinados para documentar o passo a passo do seu dia de trabalho. A partir daí, se tem mapeamentos que podem ser compartilhados para outros colaboradores e até para outras unidades.
“É um trabalho desenvolvido com o pessoal da operação, de todas as áreas. Explicamos as técnicas de mapeamento, de descrever e registrar os fluxos das atividades, tudo de forma bem detalhada. Enfatizamos também a importância de ter os processos documentados em relatórios ou instruções normativas”, diz Frederico Reis, gerente de Gestão de Riscos e Controles Internos da Aegea.
A essência do trabalho da Darc é a proximidade entre as áreas. “O estar próximo já é da cultura da diretoria como um todo. Algumas coisas eram difíceis de ser feitas a distância, mas agora, com os investimentos, a parte sistêmica melhorou muito. Hoje eu consigo entrar via sistema e fazer junto com os colaboradores que estão nas unidades”, conta ele.
E por que é importante fazer o registro? A lista dos benefícios é enorme. Além da facilidade de compartilhar com outros colaboradores e unidades, fica muito mais fácil entender como funciona o dia a dia de determinada área. “É um trabalho que também serve de autocrítica, para que o colaborador possa analisar os pontos de fragilidade e quais são os riscos para que possam ser tomadas as medidas de controle antes de se materializarem”, afirma o gerente.
Outra vantagem é que o Modelo Operacional Aegea, o MOA, vai se atualizando normalmente, ao mesmo tempo em que os processos são feitos. “A Aegea tem um modo de trabalho que é muito inovador, pois é dinâmico, e está sempre fazendo aquisições de sistemas para integrar a companhia como um todo. Mais informatizado, o trabalho se torna mais fácil e prático, com maior transparência”, diz ele.
Ao fazer o mapeamento, a equipe da Darc conhece de perto como funciona a operação. “Esse mapeamento acaba servindo também como uma ponte para integrar as unidades, pois leva o melhor de cada operação para as outras, porque os processos operacionais são bem semelhantes. Às vezes, a solução encontrada em uma concessionária pode ser replicada em uma cidade diferente que vivencia a mesma situação”, explica Frederico.
A forma como as unidades lidam com os problemas também serve de lição. “Quando acontece um incidente, como o rompimento de uma adutora, os processos também são mapeados. E, se acontecer em outra localidade, as informações estão todas ali e podem orientar no que precisa ser feito. Os melhores caminhos para evitar a exposição da companhia, o risco de imagem e tentar minimizar esses acontecimentos”, contextualiza.
O mesmo vale para os planos de contingenciamento das concessionárias. Se faltar água, como proceder? “Esses dados que coletamos nas unidades são validados e desenhados junto com os diretores, com o pessoal da Segurança do Trabalho, com a área jurídica, enfim, é feito um mapeamento de forma didática e padronizada. Fica mais fácil para lidar com o assunto e tomar as decisões de forma mais assertiva. É como um ensinamento que passa de pai para filho”, compara Frederico.