O Índice de Segurança Hídrica (ISH), desenvolvido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em parceria com outras instituições, mede a segurança hídrica em dimensões essenciais dentro de determinadas regiões.
Ela está relacionada com alguns fatores primordiais como garantia de abastecimento, fontes de economia sustentáveis, resiliência a eventos críticos, saúde dos ecossistemas e a própria qualidade da água.
Em grande parte, portanto, é missão dos municípios fazer a gestão desta segurança hídrica. Em Santa Catarina, por exemplo, a Águas de Camboriú vem atuando com foco na segurança do abastecimento.
Com investimentos de R$ 2 milhões, a empresa está construindo um novo trecho da adutora que levará água tratada da cidade vizinha, Balneário Camboriú, ao município.
“Esta obra representa ainda mais segurança no abastecimento de Camboriú, uma necessidade atendida pela concessionária que acompanha as demandas do município como uma das cidades que mais cresce no estado”, afirma a diretora-presidente da concessionária, Reginalva Mureb.
A nova tubulação, de 550 mm de diâmetro, atravessará a BR 101 – principal rodovia de acesso entre os municípios do litoral catarinense – de forma subterrânea. A obra está sendo chamada de Travessia e vai deixar a cidade ainda mais preparada para o período de verão, quando a população chega a triplicar.
Estão sendo adotados processos sustentáveis, como a perfuração do solo por meio do Método Não Destrutivo (MND). Uma abordagem inovadora e sustentável que utiliza tecnologias avançadas, como a perfuração unidirecional, para minimizar impactos ambientais e sociais.
A técnica adotada para a instalação da rede não envolve escavações extensas, que não exige a abertura de 100% das valas. A máquina produz aberturas na horizontal e, logo após, é feita a instalação do tubo produzido em material PEAD, que permite a realização da solda.
“A peça se torna uma estrutura monolítica, ou seja, todos os elementos se unem para formar um só. Na prática, uma máquina faz um furo na cota de rede no qual, logo em seguida, será inserido um tubo soldado para avançar pelo trecho no subsolo que pode ser movido e puxado já debaixo da terra, o que acelera o andamento das obras”, explica o coordenador de operações, Josias Enrik Garcia.
Além de evitar possíveis rompimentos, aumentando a segurança no abastecimento, os tubos usados dessa forma são uma alternativa mais sustentável, pois gera menos resíduos no final da obra. O acesso das equipes à nova adutora também fica mais ágil.