EDIÇÃO 43 - 4º TRIMESTRE - 2024

Cidades
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Estiagem e saneamento

As soluções da Aegea para manter o abastecimento de água

Altas temperaturas exigem soluções de resiliência hídrica das empresas de saneamento.

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Texto: Leandro Cassiano de Abreu e Michele Abreu

Além do exemplo da Águas de Manaus, na Matéria de Capa, outras unidades da Aegea têm conseguido manter o abastecimento mesmo com a estiagem prolongada. Em Campo Grande (MS), cidade referência em saneamento, os investimentos nas últimas décadas fez com que a capital superasse o período de seca extrema sem que o sistema de abastecimento de água fosse afetado.

“Enfrentamos com maestria a estiagem, onde os investimentos realizados ao longo de anos nos possibilitaram abastecer a toda Campo Grande, pois 100% da cidade tem acesso à rede de água tratada”, afirma a diretora-executiva da Águas Guariroba, Francis Faustino.

Os investimentos não param. Ela conta que estão em etapa de finalização dois reservatórios, com capacidade para 1 milhão de litros de água, e um novo super poço.

Monitoramento 24 horas e parceria com a Climatempo

Outra ajuda para manter o abastecimento vem da tecnologia. A exemplo do que acontece com outras unidades da Aegea, o sistema é monitorado 24h por dia pelo Centro de Controle de Operações. No CCO, os operadores acompanham o nível de reservatórios, pressão da rede e o diagnóstico de vazamentos.

“Temos uma parceria com a Climatempo, com a qual conseguimos verificar a meteorologia com meses de antecedência e podemos tomar decisões mais assertivas”, diz Francis.

Outra tecnologia usada pelas concessionárias da Aegea é uma  inteligência artificial chamada Takadu, que monitora a pressão da rede e identifica possíveis vazamentos não visíveis, evitando assim perda de água na distribuição. Reduzir as perdas é outra forma de contribuir com a mitigação das mudanças climáticas.

Maior eficiência e otimização de processos garantem abastecimento em Mato Grosso

Com foco em ações preventivas e estruturais para enfrentar os desafios do período de estiagem, as unidades da Aegea no Mato Grosso reforçaram os investimentos na infraestrutura de abastecimento de água. Com algumas iniciativas, asseguraram o fornecimento mesmo diante das adversidades climáticas.

 

Um exemplo de boas práticas no estado vem por meio da parceria entre a Aegea e o WWF-Brasil, no Projeto Cabeceiras do Pantanal, que visa recuperar áreas degradadas na região que abastece a Bacia do Rio Jauru. Leia sobre o assunto em Meio Ambiente, nesta edição. 

 

Em Matupá, a modernização de equipamentos e a otimização dos processos na estação de tratamento de água (ETA) garantiram maior eficiência na captação e distribuição. O abastecimento foi mantido, mesmo nos meses de seca, quando o volume dos mananciais foi reduzido.

Em Sinop, o Centro de Controle de Operações, implementado recentemente, marcou um avanço na gestão inteligente do sistema de abastecimento de água. O monitoramento em tempo real permitiu intervenções rápidas e otimização do uso dos recursos hídricos.

Em Sorriso e Novo Progresso, as obras de ampliação da rede de água avançaram para atender às demandas crescentes da cidade, com soluções que priorizam a sustentabilidade. A Águas de Sorriso também reforçou práticas de conservação e uso consciente da água junto à população, essenciais para manter o abastecimento nos períodos críticos.

 

Carlinda e Marcelândia receberam novas estações de tratamento de água, que garantiram maior capacidade de abastecimento e eficiência operacional. A ETA de Carlinda foi projetada para atender às demandas crescentes da cidade.

Santa Carmem e União do Sul também avançaram na infraestrutura hídrica com a entrega de novos reservatórios de água tratada.

Todas essas ações e investimentos reforçam a importância do planejamento e da sustentabilidade como pilares fundamentais para enfrentar os desafios da estiagem com excelência operacional.