O diálogo constante e a compreensão das necessidades genuínas dessa população foram os primeiros passos para a implementação de soluções estruturais e sociais com a chegada da Águas do Rio. Para Guilherme Campos, diretor Superintendente de Comunidades da concessionária, a chave para a inclusão sanitária nas comunidades sempre esteve no fortalecimento das relações.
“Estar próximo das comunidades é fundamental para entendermos suas reais necessidades e, assim, implementarmos soluções eficazes. A mudança no cotidiano dessas pessoas só é possível quando há confiança mútua e quando nos unimos para melhorar as condições de vida de todos.”
A trajetória de Monica Medina, moradora da Rocinha, a maior favela do Brasil, ilustra a relevância do saneamento básico na promoção da transformação social. Há duas décadas, sua casa foi consumida por um incêndio e, em virtude da escassez de água tratada, seus filhos sofreram queimaduras severas.
“Passei por situações que ninguém deveria enfrentar. A falta de água e saneamento causou uma dor inimaginável aos meus filhos.”
Atualmente, com a regularização do fornecimento de água, a vida de Monica e de muitos outros moradores começou a mudar.
“A Águas do Rio não apenas trouxe água para meu lar, mas também resgatou minha dignidade e sensação de segurança”, afirma Mônica, que agora vê um futuro promissor para seus filhos. “Eles estão construindo suas histórias em uma comunidade mais digna.”
Outro exemplo dessa transformação é a trajetória de Dona Cosma, residente do Complexo do Alemão, que, por mais de 50 anos, viveu com sua família em meio a 12 mil litros de esgoto despejados diariamente na porta de sua casa.
“Era preciso trocar de sapato toda vez que eu chegava. O beco era horrível, com esgoto transbordando e um odor insuportável. Não havia como viver dessa forma.”
Quando a tão esperada obra foi realizada, seu impacto não se restringiu a uma única geração. Hoje, a situação é bem diferente, segundo a filha dela, Roseane Rodrigues.
“Agora, minhas filhas podem visitar a casa da avó e brincar sem se preocupar em pisar em um local sujo. Isso representa uma transformação para a vida toda, proporcionando acesso à saúde para todos que passam por aqui.”
Para o diretor Guilherme Campos, obras como as do Alemão e Rocinha reforçam a importância de o acesso ao saneamento básico chegar para moradores de comunidades do Rio.
“Todos merecem viver com dignidade, e é por isso que buscamos proporcionar melhorias significativas à população que vive nessas regiões independente das dificuldades impostas.”
As mudanças climáticas agravam as condições de vida nas comunidades mais vulneráveis. Empenhada em desenvolver soluções inovadoras para reduzir seus impactos, a Águas do Rio tem investido na aplicação de novas tecnologias nesses espaços.
Um exemplo disso é um projeto-piloto lançado na Zona Sul, que utiliza a biotecnologia para tratar efluentes de 50 residências da comunidade Tavares Bastos.
Reduzir os efeitos das mudanças climáticas exige um esforço coletivo e passa pela procura de alternativas sustentáveis e flexíveis, que levem em consideração as especificidades de cada comunidade. Para Samuel Augusto, diretor-executivo da Águas do Rio, é um princípio fundamental que, em sintonia com a ideia de justiça climática, tem como objetivo facilitar uma transição mais equitativa para os grupos mais vulneráveis.
“Cada dia aprendemos uma nova perspectiva sobre como executar nossas obras. Por isso, o uso de ferramentas inovadoras para atender comunidades que, por um racismo ambiental, foram esquecidas por tanto tempo, é um importante passo.”
Em apenas três anos de atuação, a Águas do Rio já prestou quase 200 mil serviços em 525 comunidades da capital fluminense e regularizou aproximadamente 986.641 clientes.
Esses dados evidenciam que, além de oferecer serviços de saneamento, a concessionária busca implementar soluções de infraestrutura e políticas públicas voltadas para a adaptação às mudanças climáticas, contribuindo para a criação de um futuro mais justo, sustentável e seguro para todos os habitantes da cidade.
Embora o percurso seja longo, as transformações já são perceptíveis. O impacto na vida de pessoas como Dona Cosma, Mônica e muitos outros servem como prova de que é viável mudar a realidade dessas comunidades, um passo de cada vez.
Leia, na matéria a seguir, um pouco mais sobre racismo ambiental.