EDIÇÃO 42 - 3º TRIMESTRE - 2024

Cidades
MAIS AZUIS

Profissionais além da conta

Levando esperança de vidas melhores

Kátia Regina Moreira, da Águas do Rio (RJ).

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Texto: Rosiney Bigattão

“Gratidão, vocês me surpreenderam, nem nos meus maiores sonhos eu imaginei isso aqui”, disse Kátia Regina Moreira, a representante dos profissionais além da conta.

Na Cultura Aegea, os profissionais além da conta são aqueles que têm, entre outros comportamentos desejados, autorresponsabilidade, flexibilidade e senso de dono, que é a capacidade de buscar soluções para os problemas alinhados aos valores da empresa. Os amigos de Kátia, da Regional 4 da Aegea, falam sobre o talento dela:

“O que faz ela ser uma profissional além da conta é todo o seu carisma, uma mulher negra que está sabendo tirar de letra a oportunidade que ela recebeu. Zelosa pelo que faz, apaixonada pelo trabalho, é flexível, se interessa por tudo que é novo, vai lá e se dedica”.

Emoção pela transformação que acontece no Rio

No palco, emocionada, a moradora do Morro da Mangueira, onde nasceu e se criou, conta que se sente realizada por ser um dos meios das mudanças que estão acontecendo por meio da Águas do Rio. A transformação que vê no bairro é a motivação para o trabalho, fazendo com que ela se sinta sempre disposta a fazer  mais pelas pessoas.

“Quando a empresa chegou, selecionou pessoas da comunidade para trabalhar, eu estava desempregada; fui lá, acreditei na empresa e o gratificante é que superou as minhas expectativas. Agora, quando eu passo na rua, as pessoas me agradecem. Elas estão maravilhadas com tudo o que está acontecendo.”

Os comportamentos desejados da profissional além da conta

Segundo a equipe que atua com ela, outros comportamentos desejados de Kátia são a colaboração, que vem sempre com uma palavra de apoio, a preocupação com os resultados, a autorresponsabilidade, a flexibilidade e a motivação.

“Meu trabalho é fazer o quê? É levar esperança de vida para as pessoas.”

É assim que define a sua rotina de trabalho, principalmente em comunidades como a do Morro da Mangueira, onde vive e trabalha como agente de mudanças.

“Vivo em uma comunidade que passou uma vida inteira sem água; para tomar um banho ou lavar uma louça precisava carregar balde com água, era constrangedor quando as pessoas chegavam e o banheiro estava sujo porque não tinha água.”

“Nos dias de chuva, tínhamos de usar sacos plásticos amarrados nos pés para conseguirmos caminhar, inclusive para buscar água, pois não tínhamos água tratada em casa”, conta.

Essa situação já mudou para milhares de moradores. Ela conta que aonde chega vê o orgulho dos moradores pelas mudanças que estão acontecendo. “Somos inspiração para os jovens da comunidade que me dizem: ‘moça, como eu faço para trabalhar nessa empresa?’”, conta Kátia.

 “Hoje, uma das motivações que tenho para levantar diariamente para ir trabalhar é ver a vida das pessoas mudando, é isso que eu abracei e gostei.”

Celular é o “coletor” de histórias de vidas

Carismática, Kátia conta que se torna amiga das pessoas que atende. “Elas desabafam: enquanto eu procuro uma conta para emitir a segunda via ou uma negociação de débitos, vou ouvindo suas histórias de vida. São relatos que nos impulsionam a continuar indo além”, diz. Para ela, o celular é um “coletor” de relacionamentos.

“Nós estamos fazendo o bem, por isso recebemos tanta gratidão aonde a gente chega.”

Aos 49 anos, com três filhos, a mais velha atuando também em saneamento, sonha estudar Serviço Social para ampliar o alcance de seu trabalho. “Parei de estudar porque tinha de trabalhar, depois cuidar das crianças, com muito esforço terminei o segundo grau. Mas quero e vou continuar”, conta.