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edição 39 | 2023 | abril a junho

Rumo à universalização

TERESINA ENTRE AS CAPITAIS QUE MAIS INVESTIRAM EM SANEAMENTO

Cidade de Teresina (PI) subiu quatro posições no ranking de saneamento.

Texto: Márcia Rocha

O Ranking do Saneamento 2023, do Trata Brasil, traz os indicadores de saneamento básico das 100 maiores cidades brasileiras. Teresina avançou quatro posições gerais no ranking em relação ao ano anterior e destaca-se na lista das capitais com os maiores investimentos per capita, no intervalo de 2017 a 2021.
Nesse período, a cidade investiu R$ 134,98 por habitante, sendo a segunda capital do Nordeste com maior investimento por pessoa, de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS/2021). Atualmente, o valor já está em R$ 146,55 per capita.

Universalização do acesso à água tratada

Após a universalização do abastecimento de água em 2020, Teresina avançou nos indicadores de coleta e tratamento do esgoto. O serviço de esgotamento sanitário mais que dobrou desde o início da atuação da Águas de Teresina na zona urbana da cidade, saltando de 19%, em 2017, para 42,6% em 2022.
Anualmente, cerca de 13 bilhões de litros de esgoto tratados são devolvidos aos mananciais dos rios Poti e Parnaíba. Por dia, em média, são 35 milhões de litros devolvidos corretamente ao meio ambiente, que correspondem a 14 piscinas olímpicas.
A meta é alcançar 59% de cobertura de esgoto até 2024 e universalizar o serviço em toda a zona urbana em 2033, cumprindo o que determina o novo Marco Legal do Saneamento. Para isso, a Águas de Teresina realizará um robusto pacote de investimentos, garantindo mais saúde e qualidade de vida para toda a população.

Redução de doenças hídricas e combate à pobreza com investimentos feitos

“Teresina evoluiu bastante no que se refere aos investimentos em saneamento e os reflexos estão na redução de doenças por veiculação hídrica. Dados da Fundação Municipal de Saúde destacam que, entre 2017 e 2021, o número de internações hospitalares provocadas por diarreia reduziu-se em 69%. Resultados que tendem a melhorar ainda mais com o avanço dos serviços de esgoto na capital”, destaca o diretor-presidente da Águas de Teresina, Jacy Prado.

Outra pesquisa inédita do Instituto Trata Brasil, intitulada “ESG e Tendências no Setor de Saneamento do Brasil”, destaca a importância do saneamento no combate à pobreza e na adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. O estudo indica que as empresas de saneamento que atuam com programas de sustentabilidade são fundamentais para viabilizar a proteção ambiental, destacando a atuação da Águas de Teresina na capital piauiense.

A Águas de Teresina também desenvolve ações voltadas para a população mais vulnerável, garantindo a implantação de rede de fornecimento de água em regiões recém-regularizadas ou áreas de ocupação solicitadas pela prefeitura municipal para receber a infraestrutura; além de realizar o cadastro ativo dessas famílias no programa Tarifa Social, que concede 50% de desconto no valor da fatura mensal.

Inovação e automatização para a redução de perdas

A concessionária atua com projetos de inovação e automatização de processos operacionais, investe em infraestrutura para reduzir o índice de perdas de água tratada (saiu de 64% para 37%, nos últimos cinco anos), persegue metas de redução de consumo de energia e aplica esforços em energias alternativas, como a construção de uma usina de energia solar, prevista para entrar em operação no segundo semestre de 2023 e que será responsável pela geração de energia limpa para suprir 15% das operações da concessionária.

A empresa contribui ainda com as discussões do Comitê de Bacias sobre a preservação dos mananciais.