edição 39 | 2023 | abril a junho
Unidades de Santa Catarina
reduziram perdas.
Texto: Joana Gall
Cerca de 40,1% da água tratada no Brasil se perde com vazamentos e ligações clandestinas na distribuição, segundo levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento (Asfamas). Essa quantidade é suficiente para abastecer mais de 63 milhões de brasileiros em um ano. É como se 7.800 piscinas olímpicas cheias de água tratada fossem desperdiçadas diariamente.
Em Santa Catarina, essa realidade não é muito diferente: o índice de perda de água gira em torno dos 35%. Para enfrentar esse desafio, as unidades da Aegea em Santa Catarina, compostas por Águas de Bombinhas, Águas de Camboriú, Águas de São Francisco do Sul e Águas de Penha, atuam ativamente em ações e iniciativas que promovam a redução desse índice. Os investimentos têm apresentado ótimos resultados. A média de perda de água nas concessionárias do estado gira em torno dos 18,92%.
Esses ganhos são resultado dos investimentos em tecnologia de ponta e de intenso esforço na operação dos sistemas, como gerenciamento da infraestrutura, controle ativo de vazamentos, qualidade e agilidade nos reparos, gerenciamento de pressão, gestão de macromedidores e substituições de hidrômetros antigos. Todas essas ações em conjunto têm o objetivo de prevenir e controlar as perdas no sistema de distribuição de água.
“A redução no índice de perda de água tratada é foco permanente das concessionárias. Nos tempos atuais não se concebe operar sistemas de abastecimento sem essa preocupação. O enfoque de atuação responsável e sustentável com o meio ambiente nos exige isso”, explica Reginalva Mureb, diretora-presidente das concessionárias. “Além disso, a redução de perdas representa a melhor distribuição de água para os bairros e, consequentemente, maior oferta de água tratada”, diz a diretora-presidente.
Entre as ações implementadas pela empresa inclui-se a atuação com informações em tempo real geradas pelo Centro de Controle Operacional, o que permitiu melhorar a manutenção e a revisão constante dos sistemas.
Além disso, foram instalados macromedidores em pontos estratégicos para medir o volume de água distribuído, de forma a facilitar a comparação entre o quanto de água saiu da estação de tratamento de água e o quanto chegou às residências. Assim, os reparos acontecem de forma mais ágil e as manutenções preventivas se tornaram constantes.
Outra ação realizada constantemente é o uso de um equipamento chamado geofone, que busca identificar vazamentos ocultos no subsolo com ajuda do som. A tecnologia é acompanhada do diálogo com a comunidade: a orientação dada à população é para que sempre entre em contato com a empresa tão logo um vazamento seja identificado.
“Dessa forma, as equipes conseguem responder ao chamado com mais agilidade e diminuir a intensidade e quantidade de vazamentos no menor tempo possível”, descreve Reginalva.