edição 37 | 2022 outubro a dezembro
Novos equipamentos fazem com que a concessionária tenha o menor índice de energia reativa entre as maiores unidades da Aegea
Texto: Janaina Novellino
Com o foco em operações mais sustentáveis, as unidades investem em fontes alternativas de energia e sistemas de controle mais eficientes. Na Prolagos (RJ), os investimentos incluem o controle de energia elétrica por meio de painéis capacitores inteligentes, que monitoram e corrigem o fator de potência (relação entre as potências ativa e aparente) em 17 unidades operacionais da concessionária.
O investimento garante ainda maior segurança operacional e a redução de perdas por energia reativa, componente da energia elétrica que não realiza trabalho, mas é consumido pelos equipamentos com a finalidade de formar os campos eletromagnéticos necessários para o funcionamento. Os equipamentos foram implantados em 2021, resultando em economia financeira e fazendo com que a concessionária tivesse o menor índice de energia reativa entre as maiores concessionárias da Aegea.
No Brasil, uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê que consumidores do grupo A (industriais e comerciais) sejam taxados caso apresentem um fator de potência inferior a 0,92. Abaixo desse índice, todas as concessionárias de energia elétrica estão autorizadas a efetuar uma cobrança extra na fatura sobre o consumo de potência reativa excedente, podendo representar até 30% do valor da conta de energia elétrica.
“Usamos esse conceito de fator de potência para trabalhar a energia reativa e deixar esse indicador mais próximo de 1. Ao longo dos anos, existia uma perda significativa na Prolagos, mas, com ações de eficiência energética, orientação de equipe técnica e treinamentos, começamos a combater as perdas por reativa, culminando, no ano passado, com o nosso menor índice, gerando uma economia de 31%, se compararmos com 2018, quando foi registrado o maior índice. A meta neste ano é melhorar ainda mais esse indicador”, explica Ricardo Crescêncio, gerente de Serviços da Prolagos.
Os gastos com energia elétrica representam o segundo maior custo para a empresa, perdendo somente para o pagamento de pessoal, tornando imprescindível uma política de gestão de energia estratégica que resulte em meios para gerar economia e produtividade de forma sustentável. “Por meio do nosso Programa de Melhoria Contínua, estamos em constante aprimoramento com a implantação de novas tecnologias e criação de sistemas, que nos permitem otimizar os gastos da concessionária e criar oportunidades de negócio”, pontua José Carlos Almeida, diretor-executivo da Prolagos.