edição 35 | abril 2022
Texto: Maria de Lourdes Valentini
Com a parceria assinada entre a Aegea Saneamento e a Raízen, nas concessionárias Mirante e Águas de Matão, ambas no interior de São Paulo, parte das operações dos serviços de água e esgoto será feita com energia fotovoltaica a partir do segundo semestre de 2022.
“Na Raízen, acreditamos que o futuro da matriz energética nacional está na valorização de fontes sustentáveis e, por isso, reforçamos, em todos os movimentos de negócios, o papel de protagonista na transição energética. A parceria com diferentes empresas e negócios é a solidificação da nossa crença de que a energia do futuro é parte fundamental da nossa atuação”, declarou Frederico Saliba, vice-presidente de Energia e Renováveis, da Raízen.
Duas usinas de energia fotovoltaica, uma para cada unidade, serão instaladas pela Raízen na cidade de Taquaritinga, também no interior de São Paulo. Cada usina ocupará área de 82 hectares, onde serão dispostos 6.000 painéis para captação da luz solar. De acordo com o engenheiro da Aegea Saneamento Emerson Santana Rocha, a capacidade de geração de energia em cada usina é de 100 MWh/mês.
“Essa energia daria para abastecer o equivalente a 700 residências. Levando em conta as duas usinas, seriam aproximadamente 1.400 residências”, contabiliza. A Raízen tem capacidade de geração de energia para mais de 350 MW e prevê a expansão de novas usinas de geração distribuída compartilhada para 18 estados e o Distrito Federal até o fim de 2022.
A energia solar representa um modo de produção energética renovável, sem praticamente nenhum impacto ambiental. Por isso algumas unidades da Aegea já operam também com energia solar. “A parceria da Regional SP com a Raízen segue modelo de outras unidades do grupo. Hoje temos 18 com contratos similares em operação ou em implantação nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Amazonas, Piauí e Maranhão, além de São Paulo”, observa Emerson.
A iniciativa integra o pilar ambiental da política de sustentabilidade da Aegea Saneamento. Fazem parte desse pilar a gestão dos aspectos e impactos associados às atividades desenvolvidas pelo grupo; busca contínua pela eficiência energética; utilização sustentável dos recursos naturais, em especial da água; e melhoria contínua do desempenho ambiental.
A diretora-presidente da Mirante e da Águas de Matão, Silvia Letícia Tesseroli, comemora mais esta conquista na busca incansável por soluções sustentáveis. “Faz parte da cultura empresarial incentivar a inovação e a preservação dos recursos naturais. Neste caso em especial, as fontes fotovoltaicas permitem que haja uma produção energética sem qualquer descarte de CO2 na atmosfera e utilização de combustíveis fósseis. A partir do uso de energia limpa e renovável, contribuímos diretamente para o meio ambiente e este é um dos nossos maiores legados”, afirma Silvia.
A Raízen é referência global em bioenergia com um ecossistema integrado de negócios. Desde o cultivo e processamento da cana nos parques de bioenergia, até a comercialização, logística e distribuição de combustíveis, a empresa investe em inovação para redefinir o futuro da energia.
Por meio de tecnologias avançadas, busca o protagonismo na transição energética, ampliando o portfólio de renováveis, como o etanol de segunda geração (E2G), o biogás, a bioeletricidade e a geração de energia solar. Dessa forma, a Raízen já evitou que 5,2 MM de toneladas de CO2 por ano fossem lançadas no ambiente (dados de 2020) e, até 2030, tem como meta conter o dobro desse montante.
Com um time de 40 mil funcionários, opera 35 parques de bioenergia, com capacidade instalada para moagem de até 105 milhões de toneladas de cana. Na safra 2020/2021 produziu 2,5 bilhões de litros de etanol e 4,4 milhões de toneladas de açúcar. Conta com cerca de 1,3 milhão de hectares de áreas agrícolas cultivadas com tecnologia de ponta, com colheita mecanizada.
A capacidade instalada é de 1,3 GW para geração de energia e a Raízen produziu, na última safra, 2,1 TWh de energia elétrica a partir da biomassa da cana. Tem uma rede de revendedores de 7.300 postos que estampam a marca Shell no Brasil e na Argentina.
Na última safra comercializou ainda 29 bilhões de litros de combustíveis e 7,3 milhões de toneladas de açúcar por meio de infraestrutura de 69 bases de abastecimento em aeroportos, 70 terminais de distribuição pelo país e presença em 11 portos. Está entre as maiores empresas em faturamento no Brasil, com R$ 114,6 bilhões.