edição 34 | janeiro 2022

PROLAGOS

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Praia com selo Bandeira Azul recebe mais investimentos em esgoto

Texto: Janaína Novellino

Localizada em um dos bairros mais charmosos de Cabo Frio e integrando as áreas de preservação do Parque Estadual da Costa do Sol e da Área de Proteção Ambiental Pau Brasil, a Praia do Peró vai receber cerca de 530 metros de rede coletora. A orla é certificada pelo programa Bandeira Azul, selo internacional de qualidade ambiental de praias, marinas e embarcações.

A obra é fundamental para a manutenção do selo, que avalia critérios com foco em gestão e educação ambiental, serviços, segurança, turismo sustentável, responsabilidade social e a qualidade da água. Em todo o Brasil, somente 28 locais possuem a certificação ecológica, sendo seis marinas e 22 praias. Apenas quatro delas são do Estado do Rio de Janeiro. A Praia do Peró é a única do interior do estado a ser contemplada. 

“Temos uma grande preocupação em zelar pelo patrimônio ambiental da Região dos Lagos e os serviços de saneamento básico são essenciais para a preservação do meio ambiente, e consequentemente o impulsionamento do turismo, que é uma das principais atividades econômicas locais”, afirma Pedro Freitas, diretor-presidente da Prolagos.

“Um dos critérios da certificação é o descarte adequado de esgoto, que era feito periodicamente com o auxílio de um caminhão vacol. Esta nova obra vai melhorar muito a qualidade ambiental da área, extinguindo o risco de vazamento e com uma melhor limpeza dos quiosques”, acrescenta Paloma Arias, coordenadora nacional do programa.  

A construção da rede coletora de esgoto na orla é o início do que irá acontecer em todo o bairro nos próximos cinco anos, quando serão implantados cerca de 135 quilômetros de redes separativas de esgoto em Cabo Frio. Além do Peró, os bairros Jardim Caiçara, Jardim Olinda, Palmeiras, Praia do Siqueira, Portinho, Parque Burle, São Cristóvão, Cajueiro, Ogiva, Centro, Braga e Vila do Sol também serão beneficiados nesta fase.

O projeto prevê ainda a construção de 11 estações elevatórias e 7,72 km de linha de recalque, que serão responsáveis por bombear o efluente até a estação de tratamento.

A definição dos locais está alinhada à estratégia definida pela concessionária e pelos cinco municípios da área de concessão para substituir o sistema de esgotamento sanitário Coleta em Tempo Seco, modelo em vigor que capta as contribuições da rede de drenagem, para separador absoluto.

Para otimizar os recursos, foram consideradas as áreas que tenham estações de tratamento e elevatórias (unidades de pressurização de esgoto) já instaladas, além de maior concentração de habitantes, para atender metade da população até 2026.