edição 33 | outubro 2021

AMBIENTAL MS PANTANAL

100 dias de operação com melhorias para as pessoas e para a natureza

Texto: Matheus Maderal

Desde maio, com o início da chamada “operação plena” da Ambiental MS Pantanal, investimentos estão sendo feitos para acelerar a universalização dos serviços de esgoto no estado. Nos três primeiros meses de operação, cerca de 6,3 mil sul-mato-grossenses já foram conectados à rede coletora de esgoto e 5,5 mil serviços de desobstrução realizados para que o esgoto possa fluir com segurança. 

1 bilhão em obras

A PPP tem a meta de universalizar o saneamento em Mato Grosso do Sul nos próximos dez anos, com investimentos estimados em cerca de R$ 1 bilhão em obras por parte da iniciativa privada, beneficiando mais 1,7 milhão de pessoas.

A assinatura do contrato entre a Sanesul e a Aegea aconteceu em 5 de fevereiro deste ano, na esteira da vitória do leilão promovido logo após a sanção do Marco Legal do Saneamento. “O grande legado desta parceria é a possibilidade de abreviar o tempo, podendo entregar mais ao estado em um curto espaço de tempo”, afirmou no evento o governador do estado, Reinaldo Azambuja.

Novos equipamentos

Entre as melhorias trazidas pela PPP estão os caminhões customizados que estão circulando por vários municípios do estado. O modelo foi desenhado para agilizar os serviços como manutenção, troca de tubulação e ligação na rede de esgoto.

Isso será possível porque esse tipo de caminhão reúne em um só veículo equipamentos como caçamba, retroescavadeira, baús para acondicionamento de ferramentas, guindaste e engate rápido para instrumentos hidráulicos. Ter um só veículo fazendo a função de vários reduz os poluentes e diminui os transtornos no tráfego das cidades.

Além disso, caminhões hidrojato para desobstrução da rede de esgoto e retroescavadeiras especiais para perfurar solos com minérios, como é o caso de Corumbá (MS), estão sendo utilizados. 

Geradores de energia foram instalados em estações elevatórias de esgoto (EEEs) de Três Lagoas, que darão apoio ao funcionamento em caso de queda de energia. A instalação desses equipamentos deve trazer mais segurança e eficiência às operações, uma vez que quedas prolongadas de energia podem resultar no extravasamento de esgoto.

Modernização

O sistema de monitoramento da rede coletora de esgoto também foi modernizado com a chegada da PPP, com a instalação de novas centrais digitais, que vieram substituir discadoras analógicas antigas e permitirão a coleta de dados operacionais mais detalhados nas estações elevatórias e de tratamento do esgoto (ETEs) do estado.

No novo sistema, o quadro de comando de cada unidade envia dados sobre o funcionamento dos equipamentos da planta para um sistema informatizado. A iniciativa incorpora inteligência de dados e tecnologia à gestão, permitindo a coleta e o cruzamento de informações importantes e úteis para o desenvolvimento de estratégias de atuação e investimento.

Na prática, isso significa que o funcionamento de 192 estações elevatórias de esgoto (EEEs) está sendo monitorado pelo Centro de Controle Operacional (CCO) da empresa, em Campo Grande, em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias.

Celso Paschoal, diretor-presidente da MS Pantanal, afirma que uma das expectativas com a chegada da iniciativa privada na modelagem é a de continuar trazendo inovações e possibilidades para otimizar a execução dos serviços. “A MS Pantanal veio pra isso: impulsionar os investimentos, trazer melhorias, agilidade e eficiência nos processos, bem como minimizar possíveis transtornos na execução dos trabalhos”, disse.