edição 33 | outubro 2021
Texto: Kamila Macedo
Em apenas uma década, a população de Manaus aumentou em 25%, ultrapassando 2,2 milhões de habitantes. Seja em novas localidades ou em ruas de bairros antigos, a Águas de Manaus está atenta e preparada para atender a população. Sendo assim, lançou um grande projeto de ampliação e modernização do sistema de abastecimento: o +Águas. Ao realizar melhorias, o saneamento e toda a cidade ganham.
Com o projeto, a concessionária investirá mais de R$ 105,6 milhões. Com frentes de obras de expansão e melhorias, o atendimento com água tratada regular e de qualidade será ampliado aos moradores de todas as zonas da capital. Serão implantados 260 km de novas redes, com benefício direto para 116 mil manauaras. Iniciativas voltadas a controle de qualidade, gestão energética e redução de perdas também vão alcançar toda a cidade.
Mais de 30 áreas urbanas já foram mapeadas e receberão obras de implantação de infraestrutura de água. O trabalho já foi iniciado e segue até 2023.
Regiões em situação de vulnerabilidade têm recebido atenção especial da concessionária. A água tratada e regular chega, pela primeira vez, para pessoas que antes não recebiam o serviço. Além disso, os moradores passam a contar com comprovante de residência, o que facilita o acesso a benefícios sociais.
Na zona norte, as melhorias foram concluídas em dois bairros, com a implantação de 4,2 km de rede. “Sofremos com a falta de água vários anos, mas hoje temos água 24 horas e somos gratos por termos sido escutados pela concessionária”, disse Antelmo Cardoso, que mora no local há 20 anos.
O trabalho está em ritmo acelerado também no bairro Monte das Oliveiras e contempla a construção de uma estrutura robusta, com estações elevatórias, novos poços e substituição de bombas. Com elas, a vazão do sistema vai triplicar, chegando a 220 mil litros de água a mais, por hora.
Está em atualização o Parque de Macromedidores – equipamentos semelhantes ao hidrômetro residencial, mas com capacidade de medir grandes vazões –, o que dará maior controle sobre o índice de perdas.
“Para acompanhar o crescimento exponencial que Manaus tem tido nos últimos anos, vamos implantar mais 260 km de redes de água. Nossa prioridade é dar atenção à população em vulnerabilidade. Ao mesmo tempo, investimos na modernização do sistema”, afirma o diretor-executivo da Águas de Manaus, Diego Dal Magro.
Além dos investimentos constantes em tecnologia e inovação, a concessionária vai modernizar ainda mais o sistema. A iniciativa prevê a implantação de equipamentos para monitoramento da distribuição de água, controle de qualidade e gestão energética, bem como na redução de perdas.
A cidade de Manaus está dividida em 208 distritos de medição e controle. Eles vão receber 157 pontos de monitoramento e 389 válvulas reguladoras de pressão. Terão ainda 1.875 novos registros para setorização. Os novos equipamentos são fundamentais para acompanhar e otimizar a distribuição de água, contribuindo diretamente para a gestão de perdas.
O combate de vazamentos será intensificado, com a busca ativa em 3.600 km de rede por meio de geofone eletrônico, aparelho capaz de identificar perdas não visíveis, utilizando sensores de solo sensíveis ao som da água.
O Centro de Controle Operacional (CCO), que gerencia o sistema a distância em tempo integral, contará com o monitoramento de mais 50 poços, 121 setores hidráulicos, 33 estações de tratamento de esgoto e 71 elevatórias de esgoto.
A qualidade da água e a gestão energética também recebem atenção. O consumo de energia elétrica será monitorado em 54 unidades operacionais. Já as análises laboratoriais das estações de tratamento de água serão automatizadas, reforçando a segurança operacional.
A Águas de Manaus trabalha na implantação de inteligência artificial na gestão do saneamento. O modelo operacional é automático e adota algoritmos e machine learning (aprendizado de máquina) para antever situações críticas de abastecimento, otimizando a distribuição de água e a redução de perdas.
A plataforma correlaciona indicadores operacionais, como vazão, pressão e níveis de reservatórios, gerando padrões baseados no histórico dos dados e tornando as decisões mais assertivas. Leia mais sobre o assunto nas seções Matéria de Capa e Entrevista.