edição 32 | julho 2021

Para otimizar processos, Águas de Teresina amplia investimentos em sistemas de automação e telemetria

Texto: Márcia Rocha

Proporcionar uma visão em tempo real da medição da água produzida na estação de tratamento e do nível do reservatório, monitorar problemas elétricos ou mecânicos dos equipamentos e identificar potenciais vazamentos são alguns dos benefícios do processo de automação e telemetria que a Águas de Teresina está implantando na Estação de Tratamento de Água da Zona Norte.

A concessionária já possui cerca de 71 sistemas automatizados, entre poços, estações elevatórias de água bruta e tratada (EEAB e EEAT), boosters, estações elevatórias de esgoto e um laboratório de análise de qualidade da água. Ao todo, foram investidos mais de R$ 4 milhões e a projeção é de investimentos totais da ordem de R$ 8 milhões até 2025.

A aplicação de projetos de automação na área de saneamento traz outros retornos positivos, como a garantia de segurança e eficiência operacional, redução de pressão na rede, redução de perdas (extravasamentos e vazamentos), bem como aumento da eficiência energética e da vida útil dos equipamentos. Aliados aos sistemas de telemetria, ainda possibilitam a operação e o monitoramento remotos em tempo real, 24h por dia, garantindo que qualquer anormalidade seja reconhecida no menor tempo possível para sua resolução.

Iniciativa moderniza a planta e reduz custos

A leitura de variáveis importantes só é possível quando se tem tecnologias avançadas, sistemas e processamento de dados com a implementação de projetos que sejam capazes de aumentar a autonomia desses processos e reduzir ao máximo o esforço humano. Esse processo ocorre por meio do Centro de Controle Operacional (CCO).

“Com esses processos teremos compreensão precisa dos diferentes cenários de distribuição da água, tudo direto do CCO. De forma remota e em tempo real, teremos o controle dos equipamentos e do sistema de abastecimento de água e coleta de esgoto, podendo escolher a melhor forma de operação do sistema, para que não ocorra desabastecimento, atuando de forma mais rápida e assertiva no problema”, detalhou Nelson Yamashita, especialista em automação da Águas de Teresina.

O especialista destaca que automatizar o sistema de saneamento, mais do que apenas coletar informações, proporciona uma visão integral da gestão e distribuição de água, facilitando a tomada de decisões e a expansão do recurso a quem mais depende dele. Para o diretor-executivo da Águas de Teresina, Fernando Lima, a iniciativa proporcionará uma melhoria significativa na gestão do abastecimento de água em Teresina.

“Será possível realizar uma leitura inteligente de dados em curto período de tempo. Além da redução nos custos, teremos maior controle e performance operacional. O resultado é a melhora no rendimento da operação com atuações mais rápidas e seguras e a garantia do abastecimento de água constante”, afirmou.

Para que serve a telemetria

  • Monitorar, a distância, o funcionamento dos equipamentos, o nível de reservatórios e a pressão na rede;
  • Monitorar problemas elétricos ou mecânicos dos equipamentos em tempo real.

Ganhos da automação

  • Será possível ligar e desligar de forma automática os equipamentos, sem a necessidade de atuação física;
  • Pode-se aumentar e/ou reduzir a pressão, caso necessário, conforme a demanda ou os níveis de reservatórios;
  • Expande-se para todos os tipos de processo de produção de tratamento de água e esgoto.