edição 31 | abril 2021
Implantação da nova rede de coleta de esgoto da ETA Novo Esteio.
Texto: Gabriela Mendonça
Entre as várias ações que estão sendo desenvolvidas para tornar o sistema de esgoto da RMPA mais eficiente está a implantação da nova rede que vai direcionar o esgoto coletado no bairro São Sebastião para a Estação de Tratamento de Esgoto Novo Esteio. Com 60% dos trabalhos concluídos, a previsão é de que em abril a ETE seja totalmente desativada.
Com isso, todo o esgoto gerado na região será transferido para uma estação mais moderna, com sistema de tratamento mais avançado e que opera com tecnologia de ponta, contribuindo ainda mais com a eficiência do saneamento local. A desativação da ETE Moradas de Esteio também deverá eliminar o problema do mau cheiro nas proximidades, uma vez que a nova estação já atua com o tratamento por meio de lodos ativados, sem a geração de odores durante o processo.
A desativação da ETE estava sendo tratada desde o começo da operação da Ambiental Metrosul junto aos órgãos competentes. “Está operacionalmente defasada e degradada pelo tempo. Não faz sentido investir na reforma de uma estrutura obsoleta já que temos à disposição uma estação de tratamento muito mais adequada, moderna, e com alta capacidade e performance”, destaca o diretor-executivo da Ambiental Metrosul, Fábio Arruda.
Arruda ainda ressalta que a população não sofrerá nenhum prejuízo com a descontinuidade da estação de tratamento. “Muito pelo contrário. A transferência da operação vai nos dar um ganho operacional bastante significativo. A ETE Novo Esteio passou por muitas melhorias, está em plena atividade e comporta perfeitamente a nova demanda”, conclui.
Outras melhorias estruturais e operacionais estão sendo realizadas na Estação Novo Esteio. Revitalização predial e de sistemas, manutenção das lagoas de tratamento, limpeza dos decantadores e prolongamento da tubulação do reator estão entre elas, além da manutenção diária das redes como vistorias e consertos de vazamentos, desobstruções e limpeza de tubulações, e manutenção em caixas de inspeção, por exemplo.
Funcionário checa o bombeamento para a ETE.
Por meio de manômetros, sensores que medem a pressão na saída das bombas nas elevatórias, é possível verificar se o bombeamento do esgoto até as estações de tratamento está funcionando corretamente. Há uma pressão-padrão que determina a eficiência das bombas e de outros equipamentos, conforme volume de resíduos e vazão das tubulações. As variações de pressão apontadas pelos dispositivos sinalizam anomalias no sistema.
Alguns problemas que podem acontecer com o mau funcionamento são as obstruções da rede, quando há aumento da pressão, ou vazamentos, quando está menor que a normal. Os pontos para medição de pressão foram instalados, inicialmente, nas redes de bombeamento (linhas de recalque) de dez elevatórias em Cachoeirinha e Canoas, ambas na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS).
O monitoramento constante desses equipamentos é feito no Centro de Controle Operacional (CCO) da Ambiental Metrosul, e permite que os problemas sejam detectados com rapidez, tornando mais ágeis e pontuais as intervenções necessárias. Além de evitar a paralisação do processo e, consequentemente, prejuízos ao sistema, o controle da pressão nas bombas também possibilita que a empresa promova ações preventivas relacionadas à manutenção das estações elevatórias, contribuindo com a eficiência do processo.
“O procedimento tem se mostrado muito eficiente na nossa operação, pois permite nos anteciparmos às mais diversas situações ocasionadas pelo mau funcionamento do bombeamento do esgoto. Os medidores de pressão serão implantados na maioria das elevatórias da nossa área de atuação”, destaca o gerente de Operações da Ambiental Metrosul, Fernando Rettore.