EDIÇÃO 41 - 1º TRIMESTRE - 2024

Matéria
DE CAPA

Performance

Inquietação que move a empresa e renova a esperança dos moradores

Centro de Operações Integradas da Águas do Rio, referência de inovação e tecnologia no setor, recebe semanalmente dezenas de visitantes.

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Texto: Rosiney Bigattão

“Quando se trata de performance, tudo é uma questão de evolução”, explica o vice-presidente da Regional 4 da Aegea. “Ao assumirmos a Águas do Rio (novembro de 2021), a grande preocupação era não deixar falhas nos sistemas, as estruturas estavam altamente danificadas, muito precárias, então começamos a recuperação para dar segurança à operação. Já no segundo ano, com as principais unidades existentes reformadas e modernizadas, fomos nos dedicando mais à padronização dos serviços, ao jeito Aegea de atuar”, diz o VP.

 

Estudantes acompanham ação de fiscalização de lançamento irregular de esgoto no Rio Carioca, zona sul da capital.

Nova estruturação

“Um movimento que estamos fazendo é a centralização de algumas áreas para que possamos ter maior controle e otimizar os resultados. É o que acontece, por exemplo, na área comercial. Nos dois primeiros anos, considerando o tamanho da Águas do Rio, presente em 27 municípios com características bem diferentes, dividimos os territórios em sete superintendências, com gestores e equipes próprias. Agora, com o conhecimento adquirido em cada região, é possível organizar uma nova estrutura”, diz.

 

 

Para o executivo, esse novo momento que a concessionária está vivendo veio naturalmente com a evolução da gestão. “A centralização que está acontecendo já está gerando aumento significativo de performance nas operações, principalmente nas execuções de serviços de rua. Está sendo feita no momento certo”, afirma.

 

São mais de 8.000 Ordens de Serviço por dia, uma frota de mais de 2.400 carros, o que implica quase 2.400 equipes nas ruas ao mesmo tempo. “Imagine as unidades como pequenas lanchas e, para mudar a direção, é feito com rapidez. A diferença da Águas do Rio é que ela é um transatlântico, para qualquer virada, leva tempo e exige ainda mais controle, tecnologia e preparação”, afirma o VP.

“Com o crescimento da Aegea, estamos em um patamar diferente, temos pessoas novas chegando e um mundo em transformação, com novas tecnologias, inteligência artificial e muitas oportunidades. Nosso desafio é saber qual é o patamar em que a gente tem de estar para fazer frente ao crescimento sustentável, que permite dar retorno para os acionistas, entregar os benefícios às pessoas e atrair capital para continuar crescendo.”

Após obras de extensão de redes feitas pela Águas do Rio, Aline da Silva Pereira, moradora da Comunidade da Mangueira, na zona norte da capital carioca, recebeu água tratada e encanada pela primeira vez em sua casa.

Mais sinergia e evolução

Funcionava assim: cada uma das sete superintendências tinha suas equipes para os serviços comerciais de ligação, corte, religação e fiscalização, por exemplo, com gestão exclusiva para cada uma, como se fossem unidades isoladas. “Hoje tem uma estrutura única, com menos pessoas envolvidas na gestão, o que trouxe mais agilidade e eficiência. Os serviços estão distribuídos de forma mais igualitária e ganhamos em produção. Sem as fronteiras e com sinergia da vizinhança, pois se transformou em uma coisa só. Tem uma evolução grande, com ganho de indicadores”, diz. 

 

O Vem Com a Gente está na mesma sinergia com os serviços comerciais. “É natural que no futuro outras áreas também sejam centralizadas e haja fusão entre os serviços comerciais e operacionais para ganho de produtividade. Hoje, por exemplo, tem um vazamento na rua, quem faz é uma equipe da Operação. Se for fazer um corte, na mesma rua, quem vai são os agentes do Comercial. Então são duas equipes indo para a mesma rua. Com planejamento e capacitação é possível que a mesma equipe efetue os dois serviços. Esse redirecionamento é complexo, mas estamos com foco”, afirma.

Centro de Operações Integradas: base já é referência no setor

“O COI é uma referência para a Aegea, para o Brasil e temos surpreendido até pessoas de outros países que vêm nos visitar, pois ele integra muitas áreas como eficiência energética, modelagem e perdas, tratamento e transporte de água e esgoto, planejamento e controle, comunicação, segurança e frota, processos e riscos, tecnologia da informação, entre outras. Essa interação entre os setores é muito importante para a performance, pois as informações em tempo real permitem a tomada de decisões mais assertivas”, conta.

 

Para Bianchini, o Centro de Operações Integradas traz um sentido novo para todo o setor. “Muda a história do saneamento, o COI vai ser replicado no Brasil inteiro, não tenho a menor dúvida disso. A integração de todos os sistemas em um só local, informando o que está acontecendo a quilômetros do centro, em outros municípios, permitindo ainda que a operação seja feita a distância, a partir da automação das unidades e da implantação da telemetria, é um novo conceito de operação”, explica.


“É o coração e o nosso cérebro ao mesmo tempo, onde você consegue enxergar a empresa como um todo, esse modelo tecnológico controlando um arcabouço de 10 milhões de pessoas.”

Grandes entregas a serem feitas

“Com a recuperação das estruturas existentes, estamos nos dedicando às grandes entregas que temos de fazer. Já levamos água tratada pela primeira vez a mais de 300 mil pessoas que não tinham acesso a esse bem essencial. Ampliar a rede de abastecimento é um trabalho contínuo. Em paralelo, o foco maior é na universalização do acesso aos serviços de coleta e tratamento de esgoto. São metas superarrojadas e muito curtas para a implantação do saneamento, e que vão contribuir com a recuperação ambiental da Baía de Guanabara e da Bacia do Guandu, que é o principal manancial de abastecimento da Região Metropolitana do Rio”, conta.

A força da cultura da Aegea na performance: as conquistas

“Performance é o conjunto de pessoas bem treinadas, processos definidos e tecnologia. Essa trilogia nos permitiu avanços”, afirma.  “A balneabilidade de várias praias oceânicas no Rio; a recuperação incrível de um dos cartões-postais mais bonitos da cidade, a Lagoa Rodrigo de Freitas; o retorno gradativo da biodiversidade, tanto na lagoa quanto na Baía de Guanabara; a universalização do saneamento em Paquetá, uma ilha histórica do estado, entre outros avanços, estão construindo um legado ambiental para as futuras gerações”, explica.

 

“Com esse inconformismo que nos movimenta, conseguimos renovar a esperança no Estado do Rio de Janeiro. Diante dos resultados positivos, a sociedade já tem um olhar diferente e estamos sendo agentes de transformação para a população, principalmente a mais vulnerável. Temos em torno de 50% dos colaboradores contratados em comunidades, gerando emprego e oportunidades; obras realizadas nessas regiões com nossos agentes operacionais e os do programa Vem Com a Gente. Isso significa mais saúde e dignidade para as pessoas de baixa renda. E destaca-se ainda a relação direta com os líderes comunitários. Esse jeito de atuar, de se relacionar com os diversos públicos, e a renovação da esperança de um mundo mais sustentável são pilares que nos sustentam. Estamos preparados para continuar evoluindo”, diz.