edição 35 | abril 2022
Djavan Marcos Santos, de Timon, no Maranhão, premiado em 1º lugar no Projeto Pioneiros, acredita que, se for para mudar o mundo, a mudança “tem de começar bem pertinho da gente, na nossa família, na nossa comunidade”.
Texto: Rosiney Bigattão
Para aproximar os jovens das unidades da Aegea e aprofundar os conhecimentos sobre o mercado de trabalho e a atuação de diferentes profissões, a Aegea criou o Projeto Pioneiros, que está nos preparativos da 4ª edição. De forma prática, os jovens aprendem sobre as diferentes áreas de uma unidade da Aegea e sobre os serviços de infraestrutura e saneamento. São estimulados a desenvolver o pensamento crítico, o senso de responsabilidade, a criatividade e a inovação.
Após um período de palestras e aprendizados com conteúdos desenvolvidos exclusivamente para eles pela Academia Aegea, elaboram um projeto final buscando a solução para um problema relacionado ao saneamento na comunidade onde vivem. O projeto vencedor de cada unidade participante se classifica para a etapa nacional de avaliação. Na pandemia, o projeto teve continuidade no formato on-line. Da 3ª edição participaram 180 jovens de nove unidades, mas os impactos positivos reverberam em toda a empresa.
É que toda vez que se encerra um ciclo para o início do outro, é a mesma emoção. Não foi diferente no evento transmitido pelo YouTube em 8 de fevereiro deste ano: mais uma vez a Aegea e as cidades onde atua entraram na mesma sintonia: a de pensar no futuro que se quer para os jovens do Brasil. Janaína Conceição, analista de Responsabilidade Social da Aegea, conduziu o evento mostrando como, ao acreditar nos sonhos dos estudantes, a Aegea soma forças para que sejam feitas as mudanças necessárias de que o Brasil tanto precisa por meio do saneamento.
“Apoiar jovens sonhadores das escolas públicas das mais variadas cidades onde a empresa opera reflete o que a Aegea pensa e faz quando planeja os próximos 20 ou 30 anos das concessões. O jovem Pioneiro reflete a vontade de cada um em mudar o seu pedaço de mundo. Vale a pena sonhar. Vale a pena se esforçar para mudar o mundo, mesmo que seja um pouquinho”, disse o CEO da Aegea, Radamés Casseb.
“Quando nós perguntamos aos jovens o principal motivo para participar do Pioneiros, a resposta foi: a vontade de contribuir para a sua comunidade”, disse Marina Rodrigues, coordenadora de Sustentabilidade. Segundo ela, isso inspirou a empresa a investir ainda mais no potencial dos jovens para que juntos pudessem transformar os municípios onde a Aegea atua.
É um trabalho multidisciplinar, que envolve praticamente todas as áreas e todos os níveis hierárquicos. Os colaboradores são voluntários, apresentando as áreas onde trabalham e atuando como tutores. RH, Programa Respeito Dá o Tom, Responsabilidade Social, Comunicação, Academia Aegea, setores de tecnologia e inovação, diretoria, enfim, a empresa toda se envolve.
“É muito bom estar em uma empresa que está do lado do bem”, disse o presidente do Instituto Aegea e diretor de Sustentabilidade, Édison Carlos, que está na empresa há poucos meses. Para ele, o Pioneiros é um aprendizado para a vida, uma inspiração, pois demonstra disciplina e foco. “É uma gota no oceano de oportunidades que é a nossa vida”, disse.
Os tutores acompanham passo a passo o desenvolvimento dos projetos dos jovens. Aprendem junto com eles. “O Pioneiros é uma graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado. Basta saber aproveitar as oportunidades”, disse Jefferson Correia, voluntário pelo segundo ano consecutivo no Projeto Pioneiros e que representou os colaboradores voluntários na terceira edição do projeto no evento de premiação.
Depois do aprendizado prático e teórico, os jovens desenvolvem projetos para melhorar suas comunidades. Os melhores de todas as unidades participantes são classificados para participar da premiação nacional. Nove projetos foram avaliados seguindo critérios de inovação e criatividade, recursos utilizados e viabilidade, relação com os temas água e saneamento e impacto positivo na sociedade. Os três melhores foram premiados.
“A cada ano fica mais difícil escolher os projetos, o nível do trabalho aumenta muito com o maior engajamento dos alunos e dos tutores. Os jovens demonstram que têm conseguido usar as tecnologias disponíveis, mesmo com todas as dificuldades que enfrentam em suas comunidades, para influenciar positivamente o seu entorno”, afirma Klaus Paz, coordenador de Inovação da Aegea.
Jéssica Miriam Rodrigues Teodoro e Rayssa de Almeida Carvalho, alunas que participaram do Pioneiros na Águas de Vera (MT), da Regional 1 da Aegea, ficaram em terceiro lugar com o projeto Sistema de Horta Sustentável. “Elas se debruçaram em um projeto que vai beneficiar toda a comunidade”, disse o diretor-presidente da Águas de Vera, Eduardo Lopes.
Em segundo lugar ficou o projeto desenvolvido na Águas Guariroba (MS), também da Regional 1 da Aegea, Reaproveitar & Transformar. Alessandro Lima da Silva e Evellyn Costa de Carvalho se preocuparam em resolver o descarte de lixo eletrônico com um projeto de reaproveitamento do material. “Fiquei muito feliz com o resultado e em poder ter este espaço para apresentar ideias”, resumiu a jovem Evellyn de Carvalho.
“O projeto pode trazer grandes benefícios para o futuro da cidade. Eu também comecei na Aegea como estagiário, trabalhei de norte a sul deste país e, assim como esses jovens, tive apoio e oportunidades para me desenvolver. É assim que podemos transformar o nosso entorno”, disse Gabriel Buim, diretor-executivo da Águas Guariroba.
Em primeiro lugar ficaram os alunos Fernanda Rebeca Gonçalves e Djavan Marcos Santos, da Águas de Timon (MA). Eles desenvolveram o projeto Boa Encanação para Todos, para reduzir vazamentos internos. Ao apresentar a dupla vencedora, Fabianna Strozzi, diretora da Academia Aegea, ressaltou a importância da educação no processo de transformação na vida de cada um.
Fernanda agradeceu a oportunidade de participar do Projeto Pioneiros. Destacou que uma das primeiras mensagens que recebeu dentro do projeto foi: “se não abre uma porta, abre uma janela, se a janela fecha, outra se abre”. Enfatizou que oportunidades existem e que devem ser aproveitadas. Djavan também agradeceu e ficou feliz em poder contribuir com a redução de perdas de água. “Espero que nossa cidade cresça. Se for para mudar o mundo, que comece bem pertinho da gente, na nossa família, na nossa comunidade”, disse.