EDIÇÃO 44 - 2º TRIMESTRE - 2025

As mulheres
DA AEGEA

Equidade de gênero no ambiente corporativo Onde estamos e para onde vamos?

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Texto: Rosiney Bigattão

Confira aqui os melhores momentos da conversa inspiradora sobre o tema da equidade, mediada por Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea.

 

Respeito como base: avançar com ética e coragem

Camila Valverde, diretora-executiva da Fundação ArcelorMittal, celebrou o nome do programa Respeito Dá o Tom como a essência do que acredita: “Tudo começa pelo respeito. Ele é o segredo das relações e do sucesso das empresas.” Com experiência no varejo e no Pacto Global da ONU, Camila destaca que avançar na agenda de gênero é estratégico: “Nenhuma empresa sobrevive num ambiente doente e desigual. E nós nunca vamos alcançar o desenvolvimento sustentável se deixarmos para trás metade da população mundial, que são as mulheres.”

 

Camila trouxe ainda uma reflexão sobre os desafios históricos do Brasil: “Por mais que outros países também tenham sofrido com a escravidão, o Brasil foi o último a abolir e o que mais escravizou pessoas negras, com cerca de 4 milhões sequestradas da África. Esses contextos moldam realidades desiguais, que precisamos enfrentar com coragem e consistência.” Ela lembra que o país ainda registra altos índices de violência contra a mulher e baixa representação feminina na liderança: “Ainda estamos abaixo de 10% no C-Level. Por isso, é preciso alinhar discurso e prática para promover mudanças reais.”

Integridade é garantir direitos iguais

Ana Carracedo, diretora de Integridade da Aegea, reforça: “Equidade é uma questão de ética: assegurar direitos, remuneração e oportunidades iguais. É nosso dever como cidadãos.” Sua trajetória mostra que o caminho à liderança não foi fácil, mas é hoje um instrumento para impulsionar outras mulheres: “Preciso ser suporte, degrau, estilingue para outras mulheres. E a área de integridade é a guardiã do respeito na empresa.” Ana destaca a importância de treinamentos e do acolhimento de situações que ultrapassam a linha do respeito: “O que a empresa espera está claro no código, nas políticas, nos treinamentos. Precisamos tirar as muletas culturais e garantir o respeito como regra em todas as regiões.”

Empoderar-se para transformar

Com uma carreira de mais de 30 anos, Cláudia Piunti, diretora Administrativa e de Suprimentos, aprendeu a se posicionar com firmeza: “Sempre fiz questão de que me vissem como profissional. Negocio em nome da Aegea, com responsabilidades claras, independentemente do meu gênero.” Ela lidera uma equipe majoritariamente feminina e destaca o valor de visibilidade e oportunidades para mulheres: “Temos que nos empoderar das nossas capacidades. Contribuir com o que sabemos nos fortalece para fazer as mudanças necessárias”. Sua trajetória, em ambientes muitas vezes hostis à liderança feminina, inspirou um aprendizado constante: “É nos exemplos diários que transformamos políticas em atitudes.”

Incluir é acolher e respeitar as brasicidades

Márcia Costa, VP de Gestão de Pessoas, simboliza a inclusão na prática: “Fui contratada para a vice-presidência com 58 anos. Isso fala muito da Aegea, uma empresa que aposta na diversidade com seriedade.” Para ela, processos de transformação são jornadas. “Quando chegamos a um ponto, há sempre outro à frente. O importante é caminhar. Não basta acolher, é preciso incluir, ouvir, ajustar rotas, aprender com humildade.” Ela destaca o papel das mentorias e da rede de apoio como ferramentas para o crescimento profissional: “Nosso crescimento é influenciar, ter prazer no que fazemos. A empresa diversa que respeita as brasicidades aposta nas comunidades onde atua. Isso é identidade, isso é Aegea.”

Saneamento é dignidade: impacto real na vida das mulheres

A fala de Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea, fecha o encontro com uma mensagem sobre o propósito: “Todos os dias, a Aegea ajuda pelo menos uma mulher no Brasil, levando saneamento para quem ainda não tem. As histórias dessas mulheres inspiram outras tantas, mostrando que a construção da equidade é feita com coragem, empatia e respeito, em todos os espaços onde a Aegea está presente.”