edição 33 | outubro 2021
Texto: Thais Tomie
Investimentos em saneamento modernizam o antigo munícipio de Diamantino (MT), que tem 293 anos de fundação. Com reativação de poços e instalação de equipamentos, a busca é por um volume maior de água para o abastecimento. Para se ter uma ideia de como os níveis de água estão baixos, o Rio Paraguai, que nasce no município, registrou o índice mais baixo desde 1965.
Um dos equipamentos instalados é o inversor de frequência, que faz a modulação do funcionamento da bomba e permite maior controle e melhor desempenho operacional na captação de água bruta. “Os investimentos constantes em novas tecnologias e equipamentos potencializam a operação e garantem que a população receba água tratada e com regularidade”, diz o supervisor da Eletromecânica da Águas de Diamantino, Filipe Augusto Vieira.
O inversor também está sendo utilizado em Jauru (MT), a 408 km da capital Cuiabá. Com apenas 8 mil habitantes e apenas 49 anos de criação, o munícipio se desenvolve com os investimentos constantes em saneamento. Em 2021, o principal desafio também é manter o abastecimento na estiagem, uma das mais severas dos últimos anos.
Além do inversor instalado na captação do Rio Fortuna, um segundo conjunto de motobomba vai melhorar a produção de água e aumentar a eficiência energética do sistema. As vazões dos rios Fortuna e Brigadeirinho são acompanhadas com monitoramento realizado por especialistas, seguindo rigorosamente os padrões técnicos e com equipamentos próprios para garantir a melhor execução do processo.
Para verificar a disponibilidade de recursos hídricos da região e complementar o sistema de abastecimento, outras fontes alternativas de mananciais estão sendo estudadas. Estudos geofísicos são feitos para detectar pontos viáveis para a captação de água subterrânea. O objetivo é mapear as áreas com estruturas geologicamente favoráveis e sua potencialidade para perfuração de novos poços tubulares profundos, aumentando ainda mais a capacidade de produção de água. Dois pontos para a perfuração de poços tubulares profundos já foram identificados.
Além de acompanhar os volumes produzidos e os níveis de reservatórios, barragem e dos rios, a Águas de Jauru tem trabalhado para a redução das perdas de água no sistema, investindo na aquisição de equipamentos. Medidores de vazão, por exemplo, verificam a quantidade de água enviada para diferentes bairros e setores de abastecimento da cidade, permitindo maior controle no volume de água produzido e distribuído. “Temos uma equipe empenhada em garantir que a água que produzimos realmente chegue aos usuários, por isso trabalhamos para reduzir as perdas e alcançar uma gestão cada vez mais eficiente”, destaca o coordenador da Águas de Jauru, Maurício Peixoto.
Mesmo sem problemas no abastecimento por causa da estiagem, o sistema de Primavera do Leste recebeu investimentos que vão garantir ainda mais segurança, eficiência operacional e a regularidade da distribuição de água tratada para a população. As estruturas das Estações de Tratamento de Água (ETAs) Boa Esperança e Traíras estão sendo modernizadas.
As obras incluem reformas dos decantadores – tanques que dificultam a passagem de partículas e auxiliam na remoção das impurezas. A iniciativa aumenta a performance de operacionalização no tratamento de água, refletindo na qualidade da água que chega à residência da população. “Realizamos o monitoramento constante do sistema de abastecimento para garantir que a população receba água tratada todos os dias”, diz o supervisor da Águas de Primavera, Sérgio Campos.
As melhorias contam ainda com a aquisição de dois geradores de energia na ETA, para tornar a operação da concessionária ainda mais eficiente. O objetivo é evitar as interrupções ou oscilações no serviço de energia elétrica. A concessionária também realizou melhorias na estação elevatória de água tratada, instalando uma bomba reserva com maior potência, para melhorar a pressão na rede de distribuição e, consequentemente, garantir a segurança operacional do sistema de abastecimento da cidade.