edição 37 | 2022 outubro a dezembro

Diversidade

CINCO ANOS POR MAIS IGUALDADE E MENOS PRECONCEITO

Texto: Rosiney Bigattão

Do fim de setembro de 2017, quando a Aegea lançou o programa de diversidade e igualdade racial, o Respeito Dá o Tom, em um evento em Campo Grande (MS), onde a Aegea atua por meio da Águas Guariroba, até hoje, houve uma grande transformação. A mudança vem sendo construída no dia a dia e envolve não só a do Respeito Dá o Tom, mas todas as áreas da empresa, principalmente a de Gestão de Pessoas e da Academia Aegea. Inclui também o trabalho das unidades, por meio dos Comitês Regionais do Respeito Dá o Tom. Em rodas de conversa, debates, ações e iniciativas, o RDT leva conscientização para todos os lugares onde a Aegea atua, ampliando oportunidades e condições para a equidade fundamentado nos pilares de empregabilidade, desenvolvimento e relacionamento. Hoje os colaboradores já sentem na pele os resultados da atuação do RDT e muitas vidas estão sendo transformadas.

Vidas que se transformam por meio do programa

Quem começa a contar essa história é Igor Alexandre, analista de Comunicação das unidades da Aegea no Espírito Santo e integrante do Comitê Regional do RDT. “O programa me mostrou que realmente somos todos iguais e, depois que você tem esta compreensão, um novo mundo se abre, torna-se praticamente um dever lutar por menos preconceito e mais igualdade”, conta. Denis, do setor de Leitura da Prolagos (RJ), também vivencia a grande transformação. “Eu passei a pesquisar mais, a entender mais sobre o racismo e quais são as suas formas. E no meu ambiente de trabalho eu percebi que as pessoas também começaram a se interessar mais pelo assunto, fazem rodas de conversa sobre o assunto, seja na hora do almoço ou na hora de ir embora. Isso me orgulha, porque a gente vê que dessa forma estamos conseguindo combater o racismo estrutural”, relata.

“Eu aprendi com o Respeito Dá o Tom que o racismo é uma coisa que existe no nosso país, a gente precisa trabalhar todos os dias contra isso e o Comitê do Respeito Dá o Tom é muito importante porque ele nos lembra disso. Isso mudou a minha vida porque eu consegui transmitir para os meus filhos a importância de lutar contra o preconceito”, conta Verônica, do setor de Faturamento da Prolagos (RJ). “O programa favorece os processos, melhora a interação da equipe e estimula a aceitação entre os colegas”, diz Hebert Cauã Gomes da Silva, aprendiz de Assistente Administrativo da Mirante (SP). “Muito bom ver a importância que a Aegea tem com as diferenças, mostrando assim que cor, gênero ou porte físico são apenas uma condição e não é o que faz a pessoa. Ser negro não faz ninguém menos que o outro”, afirma Cleila Antonia Delaroveri, analista de Responsabilidade Social da Águas de Matão (SP).

Uma sociedade mais justa e igualitária

“Creio que nem mesmo nós sabíamos que iríamos tão longe com o RDT, mas de fato vestimos a camisa, assumimos o compromisso por uma sociedade mais justa, igualitária, livre de racismo, de preconceito e qualquer tipo de discriminação”, analisa Keilla Martins, coordenadora corporativa do Programa Respeito Dá o Tom. Segundo ela, a Aegea está sendo transformada pela pauta étnico-racial. “É um trabalho que atinge todos os ambientes da empresa, é notório e sensível ver o clima da companhia firme no propósito pela igualdade racial, todos os nossos colaboradores e colaboradoras fazendo parte do grande movimento em que se transformou o Respeito Dá o Tom”, conta Keilla.

A Aegea quer chegar ainda mais longe contra o racismo e por mais igualdade. Como consequência do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Respeito Dá o Tom, a Aegea assumiu este ano o compromisso de aumentar a representatividade de talentos negros em cargos de liderança, subindo de 17% para 27% até 2030; e o aumento de 32% para 45% de mulheres em posições de liderança. Estas metas estão atreladas à emissão dos Sustainability-Linked Bonds (SLB), uma operação inédita para uma empresa de saneamento na América Latina, sendo pioneira no país a se comprometer com a meta de diversidade racial em cargos de liderança. Esse olhar por mais oportunidades permeia também os programas de trainees, de estágios e contratações da empresa.

Um dos programas de diversidade racial mais importantes do país

Trabalhando contra qualquer tipo de preconceito, o programa vem conquistando reconhecimento dentro e fora da empresa. É considerado um dos mais importantes entre as empresas brasileiras pelo ID_BR, o Instituto Identidades do Brasil. Possui o selo “Sim à Igualdade Racial”, certificação que expressa o engajamento da empresa com a realização de ações afirmativas voltadas à equidade racial em suas unidades. “Trazer oportunidades para pessoas negras e indígenas é o grande diferencial do Programa Respeito Dá o Tom para nós, do Instituto Identidades do Brasil e, com certeza, para toda a sociedade. É assim que elas vão se sentir acolhidas, respeitadas e valorizadas, pois são contratadas e, depois, são ouvidas, têm espaço para se desenvolver, sem distinções”, afirma Vinicius Archanjo, analista de Ações Afirmativas do ID_BR.

RDT: ponte para a equidade

Para ele, como há o envolvimento dos líderes, desde um coordenador até o CEO da empresa, as intenções se tornam ações efetivas que têm feito da Aegea uma empresa mais inclusiva. “O Respeito Dá o Tom nasceu praticamente junto do ID_BR e estamos construindo juntos essa ponte para o espaço de escuta tão importante para a equidade”, diz o especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico-Raciais. “A diversidade está sendo cada vez mais pautada no ambiente corporativo. A Aegea saiu na frente em relação a isso e conquistou uma grande maturidade nesses cinco anos”, aponta Vinicius. “Uma criança que já avançou bastante, mas sabe muito bem aonde quer chegar, pois vemos pessoas negras sendo promovidas, avançando na carreira”, diz ele. A trajetória tem sido planejada para ampliar o senso de pertencimento de todos, negros inclusive.

“Tudo o que estamos conquistando e construindo hoje se dá pela semente plantada lá em 2017, quando de forma ousada e desafiadora demos início ao Respeito Dá o Tom. A trajetória que ele teve é um mérito de cada colaborador da Aegea. Vamos seguir em frente, pois somos agentes de diversidade e movimentamos a vida das pessoas também por meio do programa”, afirma a coordenadora do RDT.