edição 37 | 2022 outubro a dezembro
Feira de São Cristóvão, um dos mais importantes centros de tradições nordestinas no Rio, recebe melhorias da Águas do Rio (RJ).
Texto: Aline Magno e Yolanda Carnevale
O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, mais conhecido como Feira de São Cristóvão, é a opção carioca mais arretada para vivenciar as tradições nordestinas no Rio de Janeiro. As opções de lazer, compra e alimentação oferecidas por 300 estabelecimentos comerciais atraem em torno de 60 mil visitantes em dias de festa.
Apesar de ser um dos pontos turísticos mais famosos da capital, o abastecimento de água era feito com carros-pipa particulares, não fornecidos pela companhia estadual, responsável pela distribuição antes da concessão, e os comerciantes não tinham medidores instalados para acompanhar o consumo.
Concessionária implantou dois quilômetros de rede para regularizar o abastecimento do local.
“Temos restaurantes pequenos e outros muito grandes, com gastos totalmente distintos. Comprávamos 90 caminhões-pipa por semana e no verão essa quantidade subia para 150, em uma logística complexa e inadequada. A modernização da rede de distribuição de água era uma demanda antiga dos comerciantes”, comenta o presidente da Comissão Organizadora e Administradora da feira, Luiz Carlos dos Santos.
Para regularizar o abastecimento, a Águas do Rio implantou dois quilômetros de redes e padronizou as ligações. Cada restaurante, loja e barraca passou a receber água potável de qualidade e confiável. Além disso, com o hidrômetro passou a ter um aliado no controle do consumo.
Felipe Hélvio, proprietário de um dos maiores restaurantes da feira, aprovou a mudança. “Por mais que a comida agrade, a falta de água pode acabar com a experiência de quem vem ao nosso estabelecimento, o que é muito ruim. O abastecimento direto pela rede pública e o hidrômetro próprio vão dar fim a esse tipo de contratempo”, comenta o empresário.
O abastecimento de qualidade e individualizado para cada feirante chega no 77º aniversário da feira, que começou como ponto de encontro de migrantes nordestinos saudosos da cultura de seus estados. Foi em 2003 que se tornou um pavilhão com palcos, infraestrutura de banheiros e estacionamento. “A feira é o xodó de cariocas e turistas do mundo inteiro e, como nossos clientes, terão toda nossa atenção”, finaliza o diretor da Águas do Rio, Sinval Andrade, baiano que fez questão de compor o repente do início desta matéria.