edição 32 | julho 2021
Texto: Maria de Lourdes Valentini
Reduzir perdas de água em toda a tubulação distribuída pelo município é um dos grandes compromissos da Águas de Matão (SP). A concessionária já investe em tecnologia para essa redução com o sistema de geofonamento, mas agora a novidade é um projeto que vai trazer mais agilidade e maior assertividade na detecção desse tipo de ocorrência. Com isso, a Águas de Matão aumenta a segurança de todo o processo de distribuição de água, com menor perda.
O analista de engenharia Robson Moreira, da Águas de Matão, explica que o processo de pesquisa de vazamentos não visíveis tem início durante o horário comercial. A equipe utiliza hastes metálicas, que são apoiadas nos cavaletes dos imóveis. “No processo comum, o próprio colaborador aproxima o ouvido da haste para detectar algum ruído”, comenta.
Cabe então ao funcionário definir se há necessidade do refinamento do ruído, feito por meio do geofone – semelhante ao estetoscópio usado pelos médicos, que capta os ruídos emitidos em locais onde há vazamento. Se for necessário, o endereço é marcado em um mapa manual.
Durante a madrugada, outra equipe – munida dos mapas – faz o geofonamento. “Esse trabalho deve ser feito com o mínimo de ruído, por isso é realizado de madrugada”, explica Robson. Se o ruído for confirmado, no dia seguinte a equipe de manutenção entra em cena para sanar o vazamento.
O projeto que está em prática em Matão foi idealizado pela empresa Stattus4.
As vantagens, segundo Robson, são mais agilidade no processo e mais assertividade na detecção dos vazamentos. “O colaborador da Águas de Matão ainda vai utilizar as hastes nos cavaletes, mas quem irá identificar o ruído é o aparelho”, diz o analista de engenharia. “Existe um banco de dados que vai comparar o ruído e apontar se há ou não vazamento de água. Automaticamente, é gerada uma lista de endereços onde deverá ser utilizado o geofone, mas com uma margem de assertividade bem maior”, afirma.