edição 32 | julho 2021
Texto: Rosiney Bigattão
Depois de Keilla Martins, que assumiu a coordenação do Respeito Dá o Tom (RDT), Marcos Valério de Araújo passa a integrar a equipe, sendo responsável pelo programa ao lado do diretor de Operações da Regional 1, Josélio Raymundo. A ideia é reforçar o trabalho que vem sendo feito pelo Respeito Dá o Tom, que ajudou a empresa a conquistar reconhecimento do mercado.
A empresa tem o Selo Sim à Igualdade Racial, do ID_BR, Instituto Identidades do Brasil, apoia e incentiva a premiação de mesmo nome desde que foi criado, em 2018. Este ano, além de patrocinar, foi uma das anfitriãs do prêmio, sendo representada pelo CEO Radamés Casseb e por um dos líderes do RDT, Josélio Raymundo. O Prêmio Sim à Igualdade Racial é um dos eventos mais importantes da área no país.
Ao longo de sua história, o Brasil conviveu com um período de mais de 300 anos de escravização da população negra. Esse fato deixou marcas significativas na sociedade brasileira e, ainda hoje, é possível ver os reflexos disso em dados e estatísticas que revelam um país racista e desigual.
“A Aegea é comprometida com a diversidade com estes temas desde a criação da empresa e, em 2017, lançou o Respeito Dá o Tom. O programa formatou melhor a busca dos objetivos de promover a equidade nas oportunidades de acesso à empresa e do crescimento profissional dos colaboradores que se autodeclaram pretos e pardos”, explica a coordenadora, Keilla Martins.
O Respeito Dá o Tom conta com a participação de várias áreas das unidades. “Pretendemos que nosso ambiente de trabalho, as atividades cotidianas e os projetos da empresa estejam livres de racismo, preconceitos, discriminações, atitudes que comprometem a postura de respeito, tolerância e cordialidade que desejamos”, pontua Keilla.
Para ela, uma empresa 100% brasileira como a Aegea deve liderar o movimento de igualdade de oportunidades e atuar na colaboração de uma reparação histórica, combatendo assimetrias raciais. “Um dos nossos talentos é a brasicidade, esta forma que a Aegea tem de trabalhar valorizando a cultura das comunidades onde atua. Do ponto de vista do programa, o que se quer é espelhar, nos mais diversos níveis da organização, a demografia das cidades onde atuamos. Fortalecer a cultura organizacional via diversidade racial representa mais humanização, inclusão, inovação, produtividade, capacidade criativa e é o certo a se fazer”, complementa.
O Respeito Dá o Tom está apoiado em três pilares de atuação: empregabilidade, que foca na geração de oportunidades; desenvolvimento, que trabalha a disponibilização de cursos de aprimoramento; e relacionamento, que atua na sensibilização para disseminar os conteúdos relacionados à questão racial a todos os colaboradores, além de parcerias e participação em iniciativas empresariais.
Para espelhar a população negra e indígena em todos os níveis hierárquicos da empresa, priorizando os cargos de liderança, e fazer da Aegea uma empresa mais inclusiva, com mais igualdade, o Respeito Dá o Tom conta com 13 Comitês Regionais de Diversidade e Igualdade Racial, formados por colaboradores.
Desde a criação do programa, os comitês realizaram diversas ações e eventos mensais em todas as unidades da Aegea. O objetivo é compartilhar conhecimento sobre a temática racial, trocar experiências e conscientizar funcionários sobre a importância de combater a desigualdade racial, dentro e fora do ambiente de trabalho.
Entre as ações estão a produção e o acesso ao conteúdo on-line por meio da Academia Aegea, a parceria com instituições para divulgar temas relacionados à igualdade racial, e a ampliação da divulgação para que mais candidatos negros e indígenas tenham acesso às vagas de emprego nas unidades da Aegea.
Os comitês também atuam para ampliar as vagas para profissionais negros e indígenas nos programas de trainees e jovens aprendizes. “Os comitês têm um papel muito importante também no contato com associações que trabalham a favor da igualdade racial em cada cidade onde a Aegea atua, promovendo a reflexão do tema em diferentes públicos de relacionamento”, conta Keilla Martins.
MARCOS VALÉRIO DE ARAÚJO
Com graduação em Saneamento Básico pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e MBA em Gestão Empresarial na FGV (Fundação Getulio Vargas), Marcos Valério é mestrando em Gestão em Competividade, também na FGV. Atua há 23 anos em saneamento e está na Aegea desde 2007, onde já atuou como coordenador, gerente, diretor-executivo e diretor-presidente. Atualmente, está na equipe da força-tarefa para a implantação das operações dos Blocos 1 e 4 conquistados pela Aegea na concessão da Cedae (RJ).
JOSÉLIO RAYMUNDO
O líder do Programa Respeito Dá o Tom, desde a sua criação, assumiu o mais novo desafio como um dos diretores do Projeto Rio (RJ). Engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Viçosa (MG), é especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com MBA em Gestão Empresarial pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
KEILLA MARTINS
Nascida e criada em Cuiabá (MT), está na Aegea desde 2016. O primeiro desafio na empresa foi assumir a ouvidoria de 29 cidades de Mato Grosso. Três anos depois, veio a implementação da cultura e da metodologia ágil na Regional 1. Atualmente, coordena o Programa Respeito Dá o Tom na Aegea.
O selo do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) busca promover a transformação no ambiente corporativo, conscientizando e engajando organizações sobre a importância de ações afirmativas voltadas à população negra, visando à inserção dessa população no mercado de trabalho.
Além do Selo, o ID_BR também oferece certificação de compromisso, engajamento e influência. Das três certificações, a companhia já adquiriu as duas primeiras, respectivamente, que são para empresas que realizaram pelo menos dois anos de desenvolvimento de ações.