Ligar a próxima casa. Estabelecer os seus ativos, iniciar com força a jornada de ampliação das ligações de esgoto, de maneira uniforme, nas mais de 500 cidades onde a empresa atua, mantendo o equilíbrio econômico; este é o grande mote da companhia no ano. O foco prioritário é atender. Você pode olhar a performance de várias dimensões, a ênfase que está sendo dada em fazer melhor é fazer mais: é ligar água e esgoto levando qualidade de vida aos moradores, gerando prosperidade compartilhada por meio do saneamento.
Do ponto de vista de execução, se olharmos para os últimos dois anos, a Aegea saiu de um atendimento de 10 milhões de pessoas para mais de 31 milhões de pessoas, sendo 10 milhões no Rio e os outros quase 12 milhões no Rio Grande do Sul e Ceará, os últimos prioritariamente em 2023. Nós estamos com equipes novas nessas unidades, ou incorporadas, pois elas já estavam funcionando, ou outras, como o caso do Ceará, que entraram agora e estão aprendendo nosso modelo. Então, o Modelo Operacional Aegea está sendo replicado nesses territórios ao mesmo tempo em que quem chega contribui com o know all da companhia. É um processo que se retroalimenta, pois gera oportunidades de geração de valor e de mitigação de riscos com aperfeiçoamento dos processos. Esse resultado efetivo, de multiplicar a maneira de fazer da Aegea nesses novos negócios, é o que vai garantir a ampliação da performance, junto com o novo conjunto de investimentos que será feito para ampliar o serviço de esgoto nas cidades.
Em 2024, vamos manter um movimento forte em esgotamento sanitário e uma jornada intensa de investimentos, em um processo de expansão até 2033. Temos de manter nossa energia superalta nas cidades em que atuamos para garantir a universalização do saneamento. Ou seja, o planejamento que a companhia costuma fazer tem se aprimorado com as mudanças de cenário, tendo contingências do atendimento: reservas de caixa, critérios de alavancagem mais baixa, treinamento das pessoas, buscas por novas tecnologias e parcerias de know all internacional. Em frentes diversas, buscamos também o desenvolvimento e experiências vencedoras em outros países. Então, temos procurado mitigar as ameaças nesta jornada de universalização dos serviços.
A ênfase é a prestação de serviços em novas conexões. O foco agora é fortalecer os nossos ativos. A ênfase estratégica da companhia é ligar a próxima casa, é aumentar a prestação de serviços nos locais onde atua. Esta é a grande prioridade, que vamos perseguir com austeridade, pois ela está intrínseca em nossa performance. Eu diria que integridade, foco em performance e a disciplina financeira são as aspas do ano. É assim que vamos viabilizar mais cedo a ligação da próxima casa.
Nós vamos atuar de maneira uniforme em todos os contratos. Uniforme e com muita intensidade em todos, nenhum vai ficar de fora. A posição é de que a gente ocupe um avanço, estrategicamente falando, perante os marcos contratuais em todos os negócios. Esta é nossa ambição. Minha expectativa é de que nós avancemos bastante durante o ano de 2024.
Falta consciência, muitas pessoas têm a rede na frente de casa, mas ainda não estão conectadas. Quando se toma banho no Flamengo, ou em outra praia, ainda é imaterial que o tratamento de esgoto, mesmo em localidades distantes, interfere ali. A ligação entre tratamento de esgoto e água de qualidade nos mananciais, nos rios, nas praias é mais difícil ainda de ser feita na base de clientes em Manaus, Mato Grosso do Sul, ou mesmo no Rio Grande do Sul, onde se tem acesso a muita água. Quando pensamos no ciclo integral da água, a concepção geral é de que ainda não temos problemas de abastecimento, mas precisamos olhar para a frente e continuar fazendo da conscientização a nossa missão. É um processo longo, trabalho de formiguinha mesmo.
O maior desafio é ser efetivo nos serviços de ampliação dos serviços, das redes, das conexões e no convencimento das pessoas para se conectarem. O nosso desafio no quinquênio vai ser este. O caminho para isso é ter talentos que cuidam de pessoas, dentro e fora da companhia. Quanto mais talentos que cuidam de pessoas, que tomam decisões pensando no cliente, no meio ambiente, no investidor, tendo empatia com essas várias dimensões, alimentando a licença social, tendo alta essa capacidade de relacionamento, é o que vai preservar o ambiente para que você possa executar a boa prestação de serviços nos lugares onde você atua. As oportunidades estão ligadas às possibilidades de ampliação, de ligar a próxima casa, elas estão dentro dos nossos contratos, dos clientes não atendidos que vão passar a receber atendimento, da próxima atividade para melhorar cada vez mais o relacionamento com quem já é atendido.
A essência da companhia está nas pessoas. Nos negócios, de certa forma, estamos tentando preparar a companhia para que ela suporte quem gera resultados de verdade, que são as unidades de negócio. Temos o escritório da Faria Lima, as mesas de apoio que estão no Centro Administrativo Aegea e os fomentadores da estratégia, tudo isso para dar o suporte aos times que estão nas unidades de negócio, atendendo o cliente. Então devemos cada vez mais olhar, suportar e disponibilizar energia nessa relação transacional para que os times das pessoas que lideram a prestação de serviços, nos territórios onde moram esses mais de 31 milhões de pessoas, possam superar as expectativas dos seus clientes. Eu diria que o caminho que a companhia escolheu para lidar com esse dilema de um mundo volátil tem a ver com selecionar e atrair pessoas com qualidades e competências, treiná-las segundo as necessidades efetivas do setor e delegar responsabilidade nessa relação de prestação de serviços para seu cliente. Quanto mais alinhados estivermos para maximizar os resultados e a atuação desses líderes no seu negócio, mais estaremos cobrindo melhor esses serviços.
No meu ponto de vista, a empresa cresceu, as equipes e os compromissos aumentaram, mas é essencial manter os rituais diários, lembrando que estamos aqui para garantir a universalização dos serviços e, ao mesmo tempo, manter nosso compromisso com a responsabilidade financeira de quem acredita no negócio, que suporta que os investimentos sejam feitos. Eles investem por acreditarem na visão de futuro da companhia, então alocam confiança no nosso modelo de negócio, estão engajados nesta jornada de transformação social, econômica e ambiental que os contratos de concessão geram. Agora, do ponto de vista de atendimento, o vice-presidente regional, o diretor-presidente de cada unidade de negócio e o líder de cada time efetivamente precisam manter um olhar atento para o cliente, para as questões intrínsecas ao seu negócio, às ameaças e às oportunidades daquele território, daquele contrato. O desafio de superar as dificuldades de ontem no dia de hoje continua de pé. Eu diria que a transformação não é disruptiva – ela sempre esteve no DNA da companhia, no nosso propósito de movimentar vidas. A companhia cresceu em dimensões enormes, pessoas novas chegaram com experiências novas, histórias de vida e profissionais de outras carreiras e empresas, e isso é preciso ser visto como oportunidades de desenvolvimento para quem já estava na Aegea.
O grande ponto de atenção é manter o olhar no cliente, dentro do que trouxe a gente até aqui, que é a satisfação do cliente com o nosso atendimento. Para ser melhor, é preciso olhar o risco regulatório do seu ambiente, se relacionando com os formadores de opinião, alimentando a licença social, cuidando do time, exercitando a disciplina financeira, a austeridade e a alocação de recursos do seu negócio. Manter esse ritual de pé todo dia nas mais de 500 cidades é que vai garantir a perpetuidade do nosso modelo, essa maneira de pensar que gera resultados e prosperidade compartilhada. Não é um novo grande negócio que deve ser o foco, mas o que a gente nasceu para fazer, que é a prestação de serviços. Tem de fazer bem, fazer melhor, aproveitar as oportunidades, cuidar do time, é olhar atentamente o cliente, aprender com as diferenças culturais dos locais onde a gente atua, participar disso.
Em diversas dimensões. Os comportamentos desejados devem ser colocados em prática em todos os processos, deve ser uma constante para todos ao exercitar a sua atividade. Na hora de negociar um contrato, por exemplo, eu vou querer um hidrômetro de ponta ou a melhor tecnologia do mundo para fazer essa nova bacia, essa nova contratação dos serviços efetivos, pagando alto por isso, ou vou atrás de uma solução mais adequada do ponto de vista de engenharia, que me permita incluir mais gente? Eu tenho a responsabilidade de fazer o melhor, mas a nossa opção é que a escolha esteja baseada no ponto de vista do cliente. Tem muita empresa cuja escolha pela supremacia da tecnologia ganha em detrimento de se ter mais clientes atendidos, só para dizer que fez melhor. Então, o marcador na Aegea deve ser o atendimento mais cedo das pessoas, do ponto de vista da prestação de serviços. Isso acontece no tempo e na contratação de uma conexão, na escolha da prestação de serviço, em um evento aberto. Vou deixar um vazamento durante oito horas se eu posso fazer em seis, deixar para o dia seguinte? Isso pode significar a alocação de recursos que poderia estar sendo usada para ligar a próxima casa. Isso se rebate em todos os processos na nossa prestação de serviços. Então, o convite é para que todos nós possamos olhar nossa atividade, a partir do ponto de vista da austeridade, e perceber o que estamos fazendo e o que fazer para prestar o melhor serviço. Será que eu não estou fazendo a mais, ou a menos, do ponto de vista de ligar a próxima casa mais cedo? Cada setor e cada processo, cada um com sua importância econômica ou na percepção de experiência do cliente, com a sua fatia de contribuição.
Em 2023 começamos com uma jornada de formação, buscando disponibilizar ferramentas para autoconhecimento a fim de evoluir como líderes na cadeia líder-liderado, em todos os processos. Nessa matriz de formação, tem um conjunto de comportamentos desejados, de técnicas, sugestões e abordagens de áreas para manter essa energia em alta. Tem de se exercitar, a partir do treinamento, identificando no time onde é possível melhorar, orientar, dar suporte e manter o discernimento para valorizar as pessoas que estão engajadas. Nem sempre é fácil, é preciso ter conversas claras e objetivas sobre a manutenção dos valores que a companhia tem e dos quais não abre mão.
Não devemos esquecer os aprendizados, quem chega, às vezes, pretende começar do zero, os mais jovens tendem a abrir mão do conhecimento da companhia para implantar novidades e vão levar mais tempo para resolver as coisas. Nós temos processos desenhados: começou na Guariroba, passou pela Prolagos, foi sendo aprimorado em cada unidade. Temos dedicado tempo e investimento estratégico para buscar na China, em Israel, em Londres benchmarks de outras instituições que já resolveram desafios semelhantes aos que estamos enfrentando hoje. Colocar essas tecnologias para dentro da Aegea não pode gerar um dilema. O fortalecimento da cultura, o olhar atento, o foco na austeridade e nas pessoas é que vão nos fazer valorizar o que realmente é importante. Com isso, poderemos disponibilizar mais recursos para prestar melhor os serviços, sem se perder no meio da jornada por questões que não são importantes.
Minha sugestão é começar, no ritual das reuniões entre líderes e liderados, a acompanhar quantas casas ligamos por dia e por semana. Este é o marcador: a quantas casas nós chegamos? Este questionamento deve estar em cada reunião sobre o nosso desempenho, a nossa evolução. Quantas casas novas nós ligamos? Se cada colaborador imaginar que é o dono da empresa, que está fazendo o serviço que faz para ele mesmo, garanto que ele vai tomar a melhor decisão. É uma evolução constante. A natureza é assim – o que te trouxe até aqui não é garantia de te levar para a frente. Permanecer vivo, no sentido de ser útil, do desempenho, enfrentando desafios, requer energia e é isto que vai continuar nos levando adiante. Só é possível fazer a gestão dos serviços em mais de 500 cidades, com mais de 17 mil pessoas trabalhando, por meio da cultura e pelo alinhamento do propósito. Não tem fiscais de comportamento – é a manutenção dos cuidados com os clientes, de cuidar da nossa responsabilidade socioambiental, de ser zeloso com a prestação de serviço público que vai fazer com que a Aegea continue fazendo a diferença na vida das pessoas.